Economia

Brasil se beneficia de diversificação dos mercados de exportação

Segundo secretário do governo, fato de as exportações não estarem concentradas nos EUA e na Europa é uma das razões para a balança comercial postiva

Até aqui em 2011 o superávit comercial brasileiro cresceu  81,4% (Germano Lüders/EXAME.com)

Até aqui em 2011 o superávit comercial brasileiro cresceu 81,4% (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2011 às 19h09.

Brasília – A descentralização dos destinos das exportações brasileiras tem ajudado o país a manter o saldo positivo da balança comercial brasileira mesmo com a crise econômica internacional, avaliou hoje (3) o secretário executivo adjunto do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Ricardo Schaefer.

No acumulado do ano, o superávit da balança comercial ficou em US$ 23 bilhões, o que significa crescimento de 81,4% em relação ao mesmo período de 2010 (US$ 12,695 bilhões).

“Isso vem a partir de descentralização dos destinos das nossas exportações. Se estivéssemos concentrando [as vendas externas] apenas nos mercados europeu e americano, estaríamos sentindo o arrefecimento dessa crise”, disse Schaefer. Ele destacou o aumento das vendas externas à África (28,4%) , Ásia (39,1%) e ao Oriente Médio (23,6%).

Mesmo com o resultado crescente, Schaefer ressaltou que nenhum país está “blindado” contra a turbulência internacional. “Nenhum país está blindado contra a crise. É claro que não colocar todos ovos na mesma cesta nos permite ter condição melhor de resistir a esta crise mundial. Mas se a crise afetar todos os mercados, todos os países serão afetados, inclusive o Brasil”, comentou.

Os números positivos fizeram com que o MDIC mantivesse a meta de exportações de US$ 257 bilhões, revisada no mês passado, quando estava em US$ 245 bilhões. No entanto, apesar do otimismo, o secretário afirmou que o impacto da variação cambial, provocado pela alta recente do dólar, só poderá ser avaliado nos próximos três meses. “As incertezas do comércio mundial ainda não permitem análises mais definitivas”, concluiu.

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