Economia

Brasil perde 2 posições no índice de competitividade mundial

O Brasil perdeu duas posições no ranking de competitivida mundial e passou a ocupar o 46o lugar no ranking Mundial de Competitividade. Apesar da crise, os Estados Unidos voltam a ocupar a primeira posição no ranking de competitividade mundial, segundo o relatório Global Competitiveness Report 2002-2003 do World Economic Forum. A perda relativa de competitividade […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h35.

O Brasil perdeu duas posições no ranking de competitivida mundial e passou a ocupar o 46o lugar no ranking Mundial de Competitividade. Apesar da crise, os Estados Unidos voltam a ocupar a primeira posição no ranking de competitividade mundial, segundo o relatório Global Competitiveness Report 2002-2003 do World Economic Forum.

A perda relativa de competitividade corrente do Brasil este ano é em parte um reflexo do aumento das taxas de juros que torna bastante caro o financiamento e a importação de bens de capital (75a posição neste indicador). A avaliação é da Fundação Dom Cabral, que é responsável pelo índice no Brasil. "Por outro lado, o país apresenta uma posição estrutural bastante favorável ao crescimento dos negócios, sendo observada uma melhora significativa nos indicadores que avaliam a presença no Brasil de grandes empresas globais (4a posição no ranking 14a em 2001) e a disponibilidade no país de empresas fornecedoras de bens e produtos em setores diversos (1a posição no ranking desta variável 7a em 2001). Também muito positiva é a qualidade do setor financeiro como suporte ao crescimento competitivo das empresas (11a posição - 29 em 2001)", diz o relatório.

Este relatório, que vem sendo publicado anualmente desde 1988, mostra uma troca nas primeiras posições, com os EUA ocupando o primeiro lugar e a Finlândia caindo para segundo (primeiro em 2001). Apesar dos baixos níveis de poupança quando comparado com países europeus e asiáticos, os Estados Unidos aparecem também no topo da lista nas variáveis associadas ao ambiente macroeconômico.

Os dez primeiros colocados no ranking do Índice de Crescimento Competitivo foram (os números entre parênteses indicam a posição no ranking de 2002 e 2001):

  • 1o - Estados Unidos (2)
  • 2o - Finlândia (1)
  • 3o - Taiwan (7)
  • 4o - Singapura (4)
  • 5o - Suécia (9)
  • 6o - Suíça (15)
  • 7o - Austrália (5)
  • 8o - Canadá (3)
  • 9o - Noruega (6)
  • 10o - Dinamarca (14)

    Dentre os países latino americanos o destaque continua sendo o Chile que ganhou sete posições no ranking de Crescimento Competitivo passando de 27 para a 20a posição. Entre os demais, Uruguai 42a - 46o em 2001); Costa Rica, 43a caindo da 35a posição em 2001; México 45a (42a); Brasil 46a (44a); Argentina 63a perdendo 14 posições neste índice e o Paraguai se mantendo na 72a posição.

    Metodologia

    O Global Competitiveness Report analisa este ano a competitividade de 80 países. No estudo, Competitividade é definida como a capacidade de um país de sustentar crescimento econômico nos próximos anos e medida por dois indicadores diferentes mas complementares. O primeiro denominado de Índice de Crescimento Competitivo (Growth Competitiveness Index GCI) avalia as condições estabelecidas pelas políticas econômicas e instituições públicas de um país, como base para o crescimento econômico dos próximos anos, associadas às condições existentes neste país para a expansão da inovação tecnológica. Os estudos de competitividade do macro ambiente vêm nos últimos anos migrando cada vez mais dos indicadores hard de competitividade (infra-estrutura por exemplo) para indicadores como educação, número de patentes, analfabetismo tecnológico etc.

    O segundo indicador, denominado de Índice de Competitividade Corrente (Current Competitiveness Index CCI), avalia os aspectos microeconômicos de um país, considerados a partir da análise das empresas, estrutura de mercado e políticas microeconômicas como base para a competitividade presente. Juntos, os índices de crescimento competitivo (GCI) e competitividade corrente (CCI) procuram avaliar a capacidade de cada economia estudada de competir em ambientes de livre mercado.

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