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Brasil deve quase dobrar inaugurações de shoppings em 2013

Ao longo de 2013, devem ser inaugurados pelo menos 46 empreendimentos no país

Shopping center: setor responde por 19% das vendas totais do varejo brasileiro (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2013 às 12h44.

São Paulo - O Brasil deve ver abertura neste ano de praticamente o dobro do número de shopping centers inaugurados em 2012, sendo a maior concentração na região Sudeste, porém, com as cidades menores ganhando cada vez mais participação no setor.

Ao longo de 2013, devem ser inaugurados pelo menos 46 empreendimentos no país, após 27 novos shoppings entrarem em operação no ano passado --maior número dos últimos 13 anos--, segundo estimativa apresentada nesta quinta-feira pela associação que representa o setor, Abrasce.

"Esse número pode aumentar para 48, 49 shoppings neste ano", disse a jornalistas o presidente da Abrasce, Luiz Fernando Veiga. "Desse total, 16 cidades do país terão o primeiro shopping em 2013". Para 2014, a previsão é de abertura de cerca de 23 novos shoppings.

A região Sudeste, que hoje representa 55 por cento dos 457 shoppings em operação no país, deve seguir respondendo pela maior parcela dos projetos, segundo a Abrasce.

Entretanto, Veiga assinalou que os empreendimentos tendem a se instalar em cidades menores, fora das capitais, em meio à falta de terrenos para construção em grandes centros e ao elevado número de shoppings já existentes nessas regiões.

"A tendência é ter shoppings menores, em cidades menores. Nos grandes centros, apesar da dificuldade de terrenos, ainda há espaço nos bairros", afirmou ele.


O setor de shoppings vem acompanhando o movimento já visto no segmento de supermercados, cujas principais redes passaram a priorizar a abertura de lojas de pequenos formatos, os chamados supermercados de proximidade.

"Cada vez mais os shoppings devem estar próximos às residências", acrescentou Veiga.

Ainda sobre a tendência de ingressar em áreas pouco exploradas, o presidente da Abrasce destacou o desempenho da região Norte, "que tem sido muito maior que no resto do país". Hoje o Norte tem 18 shoppings em operação.

Vendas crescem

As vendas dos shoppings brasileiros devem crescer 12 por cento neste ano, segundo a Abrasce, favorecidas pela combinação de baixo desemprego, aumento de renda e crédito disponível.

Em 2012, as vendas subiram 10,65 por cento, para 119,5 bilhões de reais, abaixo da previsão da entidade, de alta de 12 por cento ante 2011.

No período de Natal, o mais importante para o varejo, as vendas foram cerca de 15 por cento maiores sobre um ano antes, segundo a entidade.


O setor de shoppings responde por 19 por cento das vendas totais do varejo brasileiro.

Atrasos preocupam

Um dos principais problemas pertinentes ao setor imobiliário, o atraso de obras vem afetando também o setor de shoppings.

"É um problema sério, que prejudica a programação traçada pelas redes", afirmou Veiga.

A Lojas Renner, por exemplo, atribuiu o não cumprimento da meta de inaugurações de lojas em 2012 ao atraso na abertura de shoppings previstos.

Além da escassez de mão de obra qualificada, a demora para aprovação de projetos tem sido apontada pelo setor como o principal entrave para cumprir prazos.

"A burocracia é o grande problema, principalmente em São Paulo, onde são necessárias mais de 30 aprovações para se abrir um shopping", disse. "Uma das maiores preocupações da Abrasce é que essa burocracia seja reduzida para os prazos serem cumpridos".

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"Esse número pode aumentar para 48, 49 shoppings neste ano", disse a jornalistas o presidente da Abrasce, Luiz Fernando Veiga. "Desse total, 16 cidades do país terão o primeiro shopping em 2013". Para 2014, a previsão é de abertura de cerca de 23 novos shoppings.

A região Sudeste, que hoje representa 55 por cento dos 457 shoppings em operação no país, deve seguir respondendo pela maior parcela dos projetos, segundo a Abrasce.

Entretanto, Veiga assinalou que os empreendimentos tendem a se instalar em cidades menores, fora das capitais, em meio à falta de terrenos para construção em grandes centros e ao elevado número de shoppings já existentes nessas regiões.

"A tendência é ter shoppings menores, em cidades menores. Nos grandes centros, apesar da dificuldade de terrenos, ainda há espaço nos bairros", afirmou ele.


O setor de shoppings vem acompanhando o movimento já visto no segmento de supermercados, cujas principais redes passaram a priorizar a abertura de lojas de pequenos formatos, os chamados supermercados de proximidade.

"Cada vez mais os shoppings devem estar próximos às residências", acrescentou Veiga.

Ainda sobre a tendência de ingressar em áreas pouco exploradas, o presidente da Abrasce destacou o desempenho da região Norte, "que tem sido muito maior que no resto do país". Hoje o Norte tem 18 shoppings em operação.

Vendas crescem

As vendas dos shoppings brasileiros devem crescer 12 por cento neste ano, segundo a Abrasce, favorecidas pela combinação de baixo desemprego, aumento de renda e crédito disponível.

Em 2012, as vendas subiram 10,65 por cento, para 119,5 bilhões de reais, abaixo da previsão da entidade, de alta de 12 por cento ante 2011.

No período de Natal, o mais importante para o varejo, as vendas foram cerca de 15 por cento maiores sobre um ano antes, segundo a entidade.


O setor de shoppings responde por 19 por cento das vendas totais do varejo brasileiro.

Atrasos preocupam

Um dos principais problemas pertinentes ao setor imobiliário, o atraso de obras vem afetando também o setor de shoppings.

"É um problema sério, que prejudica a programação traçada pelas redes", afirmou Veiga.

A Lojas Renner, por exemplo, atribuiu o não cumprimento da meta de inaugurações de lojas em 2012 ao atraso na abertura de shoppings previstos.

Além da escassez de mão de obra qualificada, a demora para aprovação de projetos tem sido apontada pelo setor como o principal entrave para cumprir prazos.

"A burocracia é o grande problema, principalmente em São Paulo, onde são necessárias mais de 30 aprovações para se abrir um shopping", disse. "Uma das maiores preocupações da Abrasce é que essa burocracia seja reduzida para os prazos serem cumpridos".

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