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Brasil deve crescer apenas 1,2% em 2012 por crise, diz Cepal

A despeito do crescimento moderado, expansão de empregos e remunerações reais foram mantidas no país, afirmou a entidade

Previsão de expansão de 1,2% da economia brasileira em 2012 compara-se a crescimento de 2,7% em 2011 (Stock Exchange)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2012 às 22h36.

Santiago do Chile - A economia brasileira deve crescer apenas 1,2% neste ano por conta das repercussões da crise internacional, que atingiu setores produtivos e os investimentos no país, principalmente na indústria, segundo revelou nesta terça-feira a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

Enquanto o crescimento do país em 2011 foi de 2,7%, neste ano o Brasil apresentou uma expansão moderada.

Em seu Balanço Preliminar da Economia Regional de 2012, a Cepal destaca que apesar do baixo crescimento, o Brasil manteve a expansão de empregos e das remunerações reais, enquanto a inflação se manteve estável, em cerca de 5,5%, dentro das metas projetadas pelo Banco Central.

Nesse contexto, o órgão das Nações Unidas projeta para 2013 uma forte recuperação, com um crescimento do PIB em torno de 4%, explicada principalmente pela recuperação da indústria, a continuidade do consumo interno e o aumento das exportações.

Essa projeção foi feita graças à maior competitividade conquistada com medidas de estímulo ao crescimento por conta da depreciação cambial, que foram aplicadas pelas autoridades.


A Cepal destacou que em 2012, o PIB por habitante cresceu 0,4% no Brasil, enquanto a média dos salários reais cresceu 3,6% e a taxa de desemprego urbano caiu de 6% em 2011 para 5,5% neste ano.

Embora a balança comercial feche o ano com déficit de cerca de US$ 21 bilhões devido à queda das exportações, o balanço de pagamentos terá um saldo positivo de US$ 22,3 bilhões, como resultado de um déficit de US$ 54.087 bilhões em conta corrente e um saldo positivo de US$ 76.451 bilhões na conta de capital.

O relatório destaca que neste ano, o consumo seguiu sendo o fator mais dinâmico da economia brasileira, devido às boas condições do mercado de trabalho e a continuidade do crescimento do crédito, que combinou com taxas de juros mais reduzidas.

Enquanto isso, o investimento teve um comportamento menos propício, com um crescimento atenuado da despesa em investimentos públicos e uma deficiente demanda de novos empréstimos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

No lado contrário da balança, a Cepal assinala que o menor crescimento do produto está relacionado, principalmente, com o mau desempenho da indústria, cuja produção caiu 2,9% entre janeiro e outubro, panorama que foi observado em todos os setores. EFE

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Santiago do Chile - A economia brasileira deve crescer apenas 1,2% neste ano por conta das repercussões da crise internacional, que atingiu setores produtivos e os investimentos no país, principalmente na indústria, segundo revelou nesta terça-feira a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

Enquanto o crescimento do país em 2011 foi de 2,7%, neste ano o Brasil apresentou uma expansão moderada.

Em seu Balanço Preliminar da Economia Regional de 2012, a Cepal destaca que apesar do baixo crescimento, o Brasil manteve a expansão de empregos e das remunerações reais, enquanto a inflação se manteve estável, em cerca de 5,5%, dentro das metas projetadas pelo Banco Central.

Nesse contexto, o órgão das Nações Unidas projeta para 2013 uma forte recuperação, com um crescimento do PIB em torno de 4%, explicada principalmente pela recuperação da indústria, a continuidade do consumo interno e o aumento das exportações.

Essa projeção foi feita graças à maior competitividade conquistada com medidas de estímulo ao crescimento por conta da depreciação cambial, que foram aplicadas pelas autoridades.


A Cepal destacou que em 2012, o PIB por habitante cresceu 0,4% no Brasil, enquanto a média dos salários reais cresceu 3,6% e a taxa de desemprego urbano caiu de 6% em 2011 para 5,5% neste ano.

Embora a balança comercial feche o ano com déficit de cerca de US$ 21 bilhões devido à queda das exportações, o balanço de pagamentos terá um saldo positivo de US$ 22,3 bilhões, como resultado de um déficit de US$ 54.087 bilhões em conta corrente e um saldo positivo de US$ 76.451 bilhões na conta de capital.

O relatório destaca que neste ano, o consumo seguiu sendo o fator mais dinâmico da economia brasileira, devido às boas condições do mercado de trabalho e a continuidade do crescimento do crédito, que combinou com taxas de juros mais reduzidas.

Enquanto isso, o investimento teve um comportamento menos propício, com um crescimento atenuado da despesa em investimentos públicos e uma deficiente demanda de novos empréstimos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

No lado contrário da balança, a Cepal assinala que o menor crescimento do produto está relacionado, principalmente, com o mau desempenho da indústria, cuja produção caiu 2,9% entre janeiro e outubro, panorama que foi observado em todos os setores. EFE

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