Brasil crescerá um pouco mais em 2018 e 2019, diz FMI
Houve também melhora nas contas para 2017, com o Fundo passando a ver expansão de 1,1% no ano passado, sobre 0,7% em outubro
Reuters
Publicado em 22 de janeiro de 2018 às 12h23.
São Paulo - A economia do Brasil vai apresentar recuperação mais firme neste ano e no próximo e contribuirá para o fortalecimento da América Latina, afirmou o Fundo Monetário Internacional ( FMI ) em relatório divulgado nesta segunda-feira.
O FMI melhorou sua perspectiva para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano e no próximo, respectivamente a 1,9 e 2,1 por cento, segundo o documento "Perspectiva Econômica Global". Em outubro, o FMI via alta de 1,5 e 2 por cento.
Houve também melhora nas contas para 2017, com o Fundo passando a ver expansão de 1,1 por cento no ano passado, sobre 0,7 por cento em outubro.
"Essa mudança reflete principalmente cenário melhor para o México, beneficiado pela maior demanda dos Estados Unidos, e recuperação mais firme no Brasil", apontou o FMI em seu relatório, citando ainda preços mais fortes das commodities e condições melhores de financiamento em exportadores desses produtos.
Mesmo assim, o Brasil crescerá muito menos do que o resto do mundo. O FMI calcula que a economia global vai ter expansão de 3,9 por cento tanto em 2018 quanto em 2019, com boas surpresas na Europa e na Ásia, além do impulso com a reforma tributária dos Estados Unidos.
Comparado com o desempenho dos países emergentes e em desenvolvimento, o resultado do Brasil fica ainda pior. Para esse grupo, o FMI projeta expansão de 4,9 por cento em 2018 e 5 por cento em 2019.
América latina
A expectativa do FMI agora é de que a América Latina e o Caribe tenham crescido 1,3 por cento em 2017, acelerando a 1,9 e 2,6 por cento nos dois anos seguintes. Antes as projeções eram de expansão de 1,2; 1,9; e 2,4 por cento.
Mesmo com a melhora nas estimativas, a visão do FMI para o Brasil é mais pessimista do que de economistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central. No levantamento, que ouve semanalmente uma centena de economistas, as projeções são de crescimento de 2,7 e 2,99 por cento do PIB neste ano e em 2019.