Jair Bolsonaro: "Recebi as credenciais do embaixador da Alemanha. Reafirmamos nosso interesse de aprofundar a parceria econômica e de assinar o Acordo Mercosul-União Europeia" (Marcos Corrêa/PR/Flickr)
Reuters
Publicado em 19 de agosto de 2020 às 17h57.
Última atualização em 19 de agosto de 2020 às 18h07.
Depois de receber as credenciais do novo embaixador da Alemanha no Brasil, Heiko Thoms, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender a assinatura do acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia, que depende da ratificação de todos os países do bloco.
O tratado tem sido criticado no exterior por grupos que questionam a política ambiental do Brasil e o aumento do desmatamento na região amazônica.
"Recebi as credenciais do embaixador da Alemanha. Reafirmamos nosso interesse de aprofundar a parceria econômica e de assinar o Acordo Mercosul-União Europeia", disse Bolsonaro pelo Twitter.
No ano passado, declarações de Bolsonaro sobre o Fundo Amazônia, que tem a Alemanha como um dos investidores, causaram mal-estar entre os países.
Em agosto de 2019, o presidente disse que a Alemanha "vai deixar de comprar à prestação a Amazônia", ao comentar a suspensão dos investimentos do país europeu. Agora, o governo brasileiro tenta retomar os investimentos.
"Pode fazer bom uso dessa grana, o Brasil não precisa disso", afirmou Bolsonaro na ocasião. Questionado se a situação não seria ruim para a imagem do país, o presidente insinuou, na época, que grandes países estariam interessados em se "apoderar" do Brasil.
O presidente destacou que os embaixadores da Armênia, Arman Akopian, e da Argentina, Daniel Scioli, também apresentaram suas credenciais na manhã de hoje.
"O Brasil tem orgulho de seus fortes laços humanos com o povo armênio e da importante relação com nossos irmãos da Argentina", declarou na rede social.