Governo monitora caminhoneiros para antecipar problemas, diz Bolsonaro
Presidente disse que não orientou a suspensão da tabele de frete e que ministro da Infraestrutura tem autonomia para negociar
Reuters
Publicado em 22 de julho de 2019 às 14h29.
Última atualização em 22 de julho de 2019 às 14h36.
Brasília — O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira, 22, que ele e ministros trabalharam até tarde na véspera devido aos rumores sobre uma possível paralisação de caminhoneiros , acrescentando que não foi ele quem orientou a suspensão da tabela do frete.
Bolsonaro afirmou que a greve dos caminhoneiros está sendo tratada internamente pelo governo em reuniões que têm acontecido desde domingo. Segundo ele, teve "informes de que estaria resolvido o caso".
Ele garantiu ainda que soube pelas notícias que o ministro de Infraestrutrura, Tarcísio de Freitas, teria dito que revogaria a tabela do frete divulgada na quinta-feira passada, o que desagradou à categoria.
Em rápida entrevista após almoço com militares, Bolsonaro disse que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas , tem carta branca para negociar.
A nova tabela de frete foi suspensa nesta segunda. "Ela está suspensa e, portanto, volta a valer a antiga, até que consigamos construir consenso", disse o ministro à Reuters por mensagem. "Se ele revogou a nova tabela, a decisão é dele. Todo o nosso governo apoia as decisões tomadas nos limites dados ao ministro" afirmou.
O presidente afirmou que o ministro Tarcísio é o "homem da negociação". E destacou que o governo tem monitorado a situação para se antecipar a problemas e tomar "decisões adequadas para o futuro do Brasil".
Bolsonaro disse também que conversou com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a liberação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que deve ser definida nos próximos dias. O governo prometeu na semana passada anunciar na quarta-feira desta semana os detalhes sobre a liberação.
Em outra frente, o presidente disse que dados sobre desmatamento não podem ser divulgados sem que antes o ministro envolvido seja informado, porque pode haver erros. Bolsonaro disse que não pode ser surpreendido por uma informação tão importante quanto essa.