Congresso deve buscar acordo para abismo fiscal, diz Boehner
Após fracasso do "plano B" do presidente da Câmara dos EUA, Boehner afirmou que é preciso superá-lo
Da Redação
Publicado em 21 de dezembro de 2012 às 15h45.
Washington - O presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, John Boehner, disse nesta sexta-feira que líderes parlamentares e o presidente Barack Obama precisam tentar superar o plano tributário fracassado dos republicanos e trabalhar juntos para evitar o iminente " abismo fiscal " norte-americano.
Boehner, o republicano de posição mais elevada no Congresso, parecia inabalado em uma coletiva de imprensa no Capitólio um dia após o assombroso fracasso de sua opção "plano B", que levantou dúvidas sobre sua própria liderança e gerou desordem nas discussões.
O fracasso lançou novas incertezas sobre as negociações para evitar aproximadamente 600 bilhões de dólares em altas de impostos e cortes de gastos do governo automáticos que passam a valer em janeiro e podem derrubar a economia norte-americana para uma nova recessão em 2013. Essa combinação é conhecida como "abismo fiscal".
As ações despencaram na abertura dos mercados no dia após o plano de Boehner ser descartado.
Investidores têm se mostrado cada vez mais otimistas em relação à possibilidade de que se chegue a um acordo antes do fim do ano, mas os acontecimentos da noite de quinta-feira mudaram essa equação. Importantes índices perderam mais de 1 por cento, embora as ações ainda acumulem alta na semana, sugerindo que investidores permanecem esperançosos de que um acordo será elaborado em Washington.
Boehner esperava usar a opção "plano B" para pressionar Obama nas negociações sobre o abismo fiscal. Mas na noite de quinta-feira, ele abruptamente descartou a legislação. Deputados, que voltaram a suas casas para as férias, receberam instruções para estarem ao alcance em 48 horas caso necessário.
"Eles foram de 'plano B' para plano 'até mais'", disse o consultor de Obama David Axelrod ao canal de televisão MSNBC na manhã desta sexta-feira.
A derrocada do plano de Boehner destaca sua dificuldade para liderar alguns deputados republicanos, que rejeitam terminantemente qualquer acordo que aumente os impostos para qualquer um.
O deputado republicano Tim Helskamp criticou o manejo de Boehner das negociações, afirmando que o líder havia "cedido" a Obama ao abrir as portas para altas tributárias. Huelskamp, um parlamentar dissidente em seu primeiro mandato, disse que não está disposto a fazer concessões em termos de impostos, mesmo se eles forem acompanhados de cortes de gastos buscados pelos conservadores.
Conservadores estão "tão frustrados que o atual líder na Câmara, o presidente da casa, tem discutido aumentos de impostos. É apenas disso que ele está falando", disse Huelskamp ao MSNBC.
Democratas estão intensificando esforços para angariar alguns votos republicanos a favor de um projeto aprovado no Senado há meses que estenderia os cortes de impostos que deixam de valer no final do ano para todos, exceto os norte-americanos mais ricos.
"O que temos de fazer é descobrir qual é o limite que nos concede esses 218 votos" necessários para conseguir uma maioria na Câmara, disse o deputado republicano Michael Burgess ao CNBC nesta sexta-feira.
O líder republicano no Senado, Mitch McConnell, que tem experiência em ajudar a forjar acordos quando os deputados republicanos estão desorganizados, provavelmente vai assumir um papel maior em tentativas de resgatar a situação junto a outros senadores republicanos, que têm sido mais receptivos a concessões.
Washington - O presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, John Boehner, disse nesta sexta-feira que líderes parlamentares e o presidente Barack Obama precisam tentar superar o plano tributário fracassado dos republicanos e trabalhar juntos para evitar o iminente " abismo fiscal " norte-americano.
Boehner, o republicano de posição mais elevada no Congresso, parecia inabalado em uma coletiva de imprensa no Capitólio um dia após o assombroso fracasso de sua opção "plano B", que levantou dúvidas sobre sua própria liderança e gerou desordem nas discussões.
O fracasso lançou novas incertezas sobre as negociações para evitar aproximadamente 600 bilhões de dólares em altas de impostos e cortes de gastos do governo automáticos que passam a valer em janeiro e podem derrubar a economia norte-americana para uma nova recessão em 2013. Essa combinação é conhecida como "abismo fiscal".
As ações despencaram na abertura dos mercados no dia após o plano de Boehner ser descartado.
Investidores têm se mostrado cada vez mais otimistas em relação à possibilidade de que se chegue a um acordo antes do fim do ano, mas os acontecimentos da noite de quinta-feira mudaram essa equação. Importantes índices perderam mais de 1 por cento, embora as ações ainda acumulem alta na semana, sugerindo que investidores permanecem esperançosos de que um acordo será elaborado em Washington.
Boehner esperava usar a opção "plano B" para pressionar Obama nas negociações sobre o abismo fiscal. Mas na noite de quinta-feira, ele abruptamente descartou a legislação. Deputados, que voltaram a suas casas para as férias, receberam instruções para estarem ao alcance em 48 horas caso necessário.
"Eles foram de 'plano B' para plano 'até mais'", disse o consultor de Obama David Axelrod ao canal de televisão MSNBC na manhã desta sexta-feira.
A derrocada do plano de Boehner destaca sua dificuldade para liderar alguns deputados republicanos, que rejeitam terminantemente qualquer acordo que aumente os impostos para qualquer um.
O deputado republicano Tim Helskamp criticou o manejo de Boehner das negociações, afirmando que o líder havia "cedido" a Obama ao abrir as portas para altas tributárias. Huelskamp, um parlamentar dissidente em seu primeiro mandato, disse que não está disposto a fazer concessões em termos de impostos, mesmo se eles forem acompanhados de cortes de gastos buscados pelos conservadores.
Conservadores estão "tão frustrados que o atual líder na Câmara, o presidente da casa, tem discutido aumentos de impostos. É apenas disso que ele está falando", disse Huelskamp ao MSNBC.
Democratas estão intensificando esforços para angariar alguns votos republicanos a favor de um projeto aprovado no Senado há meses que estenderia os cortes de impostos que deixam de valer no final do ano para todos, exceto os norte-americanos mais ricos.
"O que temos de fazer é descobrir qual é o limite que nos concede esses 218 votos" necessários para conseguir uma maioria na Câmara, disse o deputado republicano Michael Burgess ao CNBC nesta sexta-feira.
O líder republicano no Senado, Mitch McConnell, que tem experiência em ajudar a forjar acordos quando os deputados republicanos estão desorganizados, provavelmente vai assumir um papel maior em tentativas de resgatar a situação junto a outros senadores republicanos, que têm sido mais receptivos a concessões.