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BNDES divulgará condições para leilões de energia na sexta-feira

Será anunciado, entre outras condições, se o banco utilizará a TJLP ou a recentemente lançada TLP para os financiamentos dos projetos

BNDES: o executivo não quis prever de quanto seria o desembolso no próximo ano para o segmento (Nacho Doce/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de novembro de 2017 às 15h25.

Última atualização em 8 de novembro de 2017 às 15h28.

Rio - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ) vai divulgar na sexta-feira, 10, as condições para os leilões de energia elétrica para entrega em 2021 (A-4) e 2023 (A-6), informou o gerente do departamento de energia do banco, Marcus Cardoso.

Segundo ele, será anunciado, entre outras condições, se o banco utilizará a TJLP (Taxa de Juro de Longo Prazo) ou a recentemente lançada TLP (Taxa de Longo Prazo) para os financiamentos dos projetos de uma área que, segundo Cardoso, é prioridade do BNDES.

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Apesar de só entrar em vigor em 2018, a TLP poderá ser escolhida, disse o executivo. "A TLP terá um valor mais próximo das taxas de mercado", informou.

"A energia é bem importante porque tem externalidade grande na economia, é fundamental que haja investimentos em energia renovável. Nós temos uma meta para atingir no acordo de Paris", explicou Cardoso, referindo-se ao compromisso do Brasil de reduzir em 37% as emissões de carbono até 2025, tendo como base o ano de 2005.

Cardoso fez hoje uma apresentação para o grupo francês EDF, por conta de um evento que a empresa está realizando para comemorar o início da operação do braço de energia renovável EDF EN no Brasil. A empresa aguarda a liberação de mais um financiamento para seus projetos pelo banco. Segundo Cardoso, até o final do ano será anunciado o novo empréstimo para o grupo francês.

Dos R$ 77 bilhões que serão desembolsados pelo BNDES este ano, R$ 13,3 bilhões são referentes a financiamentos em energia, cerca de 20% do total, o que, segundo ele, mostra a força do setor no banco.

Projetos de energia solar podem ter até 80% do total financiado pelo banco e a energia eólica, 70%. Já projetos de energia térmica, por exemplo, só contam com a metade do total do projeto financiado.

"Essa diretriz fica cada vez mais clara no banco, de que é preciso financiar a infraestrutura", disse.

O executivo não quis prever de quanto seria o desembolso no próximo ano para o segmento de energia, afirmando que o volume dependerá dos leilões de dezembro.

"Vai depender do ritmo e do tamanho do leilão", disse Cardoso.

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