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BNDES aprova financiamentos de US$ 155 mi para a Venezuela e de US$ 242 mi para o Equador

A diretoria do BNDES aprovou nesta segunda-feira (1/12) projetos de financiamento para os governos da Venezuela e do Equador importarem produtos e serviços brasileiros. Os contratos, que deverão ser assinados até o final deste ano, prevêem um apoio de 155 milhões de dólares para a Venezuela e de 242 milhões de dólares para o governo […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h58.

A diretoria do BNDES aprovou nesta segunda-feira (1/12) projetos de financiamento para os governos da Venezuela e do Equador importarem produtos e serviços brasileiros. Os contratos, que deverão ser assinados até o final deste ano, prevêem um apoio de 155 milhões de dólares para a Venezuela e de 242 milhões de dólares para o governo equatoriano. Nos dois casos, o BNDES apoiará projetos de usinas hidrelétricas que serão implantados por empresas brasileiras. O BNDES vai viabilizar a política de integração econômica da América Latina anunciada pelo governo em janeiro , diz o diretor da área de comércio exterior do BNDES, Luiz Eduardo Melin.

Na Venezuela, será financiada a construção da usina de La Vueltosa, que custará 135 milhões de dólares e terá capacidade de 514 megawatts, e a modernização das usinas de General Antonio Páez (80 MW e 12,5 milhões de dólares) e de San Agaton (300MW e 7,5 milhões de dólares). O financiamento cobrirá tanto os equipamentos (turbinas, geradores e linhas de transmissão etc.) como os serviços de instalação. Eles serão prestados nas três usinas pela Alstom, vencedora da licitação. É a primeira vez que o país usará um financiamento de longo prazo na importação de bens e serviços brasileiros , diz Melin.

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Com um prazo de 10 anos, o financiamento terá uma taxa de juros em dólar de 2% acima da taxa de referência, a Libor. O diretor admite que a cobrança é inferior à taxa que o mercado internacional cobraria de um governo em uma situação política fragilizada, como acontece com a Venezuela. Não estamos correndo muitos riscos, nem deixando de ganhar dinheiro , diz Melin. A intenção é ganhar espaço para o que é produzido no Brasil.

O acordo com o governo do Equador prevê o apoio à construção de uma usina hidrelétrica com capacidade de 254 megawatts na bacia do Rio Pastaza. O projeto da usina, que levará o nome de San Francisco e será conduzido pela construtora Norberto Odebrecht, havia sido avaliado pelo BNDES em 2000, mas o contrato não havia sido executado devido a mudanças no convênio de crédito recíproco entre os países (CCR), no qual se baseia o financiamento.

As garantias dadas pelos governos dos dois países ao BNDES serão seguros de créditos à exportação (95% delas) e fianças bancárias. O banco central da Venezuela deu uma garantia inédita de transferibilidade de suas divisas , diz Melin. O comprometimento das reservas internacionais do país mostra como o governo considera importante a operação com o Brasil.

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