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BNDES anuncia prioridades: infra-estrutura e exportações

A renovação e ampliação da infra-estrutura e a promoção de exportações serão as duas prioridades do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nos próximos quatro anos. O anúncio das diretrizes para a atuação do banco no governo Lula foi feito nesta sexta-feira, dia 23, pelo presidente do banco, Carlos Lessa. Até agora, vínhamos […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h56.

A renovação e ampliação da infra-estrutura e a promoção de exportações serão as duas prioridades do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nos próximos quatro anos. O anúncio das diretrizes para a atuação do banco no governo Lula foi feito nesta sexta-feira, dia 23, pelo presidente do banco, Carlos Lessa. Até agora, vínhamos trabalhando com as políticas herdadas do governo anterior , disse o presidente do BNDES.

De acordo com Lessa, a retomada de investimentos em infra-estrutura será estratégica para garantir o desenvolvimento do país. Precisamos avançar nessa área antes do aumento da demanda , disse ele. O banco tem um papel decisivo porque na área os projetos são muito grandes, de prazo de gestação longos e articulações difíceis. Entre os setores contemplados, foram destacadas a eletrificação rural, o transporte urbano de massa, o saneamento básico e as comunicações.

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Não faltou também a já tradicional referência à nova missão "social" do banco. Focaremos nos serviços universais, pois nosso objetivo é contribuir para a redução da desigualdade social , afirmou o diretor de planejamento do BNDES, Fabio Erber. As áreas de energia e transportes também serão apoiadas, mas o banco ainda não diz como. Dependemos de decisões de outros órgãos e ministérios , disse Lessa.

Entre os setores beneficiados pelo apoio às exportações estarão os de siderurgia e celulose, hoje no limite da capacidade instalada. Também as pequenas e microempresas serão incentivadas a exportar - seja pela concessão de crédito, seja pelo estímulo à formação de consórcios. Além disso, o banco também afirma que financiará para empresas com produtos de alta tecnologia, o que tornaria possível substituir importações. É preciso reduzir nossa vulnerabilidade externa , disse Erber.

O mercado de capitais continuará a interessar ao banco. Não abandonaremos essa que é uma longa tradição do banco. Vamos honrar os contratos de buscar abertura de capital. Mas o que vemos é uma atrofia da iniciativa privada nesse mercado, com casos de empresas fechando capital , disse Lessa.

O presidente do banco afirmou que o BNDES está empenhado em atrair empresas estrangeiras que possam investir no país com a ampliação de cadeias produtivas como as de eletroeletrônicos e farmacêuticos. Isso está longe de significar uma confiança no papel do investimento estrangeiro na retomada do desenvolvimento. O capital externo nunca puxou o crescimento do país , disse Lessa. Ele também afastou a possibilidade de o novo governo querer voltar a um regime de capitalismo no qual as estatais comandariam investimentos. "Não existe essa opção. Esse é um debate empoeirado , afirmou. Resta esperar para ver.

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