Economia

BCE vai usar todos os instrumentos contra inflação baixa

Em outubro, a zona do euro registrou inflação anual ao consumidor de apenas 0,1%, muito abaixo da meta do BCE, que é de taxa ligeiramente inferior a 2%


	Inflação: em outubro, a zona do euro registrou inflação anual ao consumidor de apenas 0,1%, muito abaixo da meta do BCE, que é de taxa ligeiramente inferior a 2%
 (Getty Images)

Inflação: em outubro, a zona do euro registrou inflação anual ao consumidor de apenas 0,1%, muito abaixo da meta do BCE, que é de taxa ligeiramente inferior a 2% (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2015 às 08h41.

Frankfurt - O Banco Central Europeu (BCE) está disposto a utilizar todos os instrumentos necessários para combater a inflação baixa na zona do euro e elevá-la o mais rápido possível, reiterou hoje o presidente do BCE, Mario Draghi, sugerindo que há forte possibilidade de novas medidas de estímulos na próxima reunião de política monetária da instituição.

"Se concluirmos que o balanço de riscos para nosso objetivo de estabilidade de preços no médio prazo tende para baixo, agiremos usando todos os instrumentos disponíveis em nosso mandato", afirmou Draghi, em discurso feito durante uma conferência bancária.

Em outubro, a zona do euro registrou inflação anual ao consumidor de apenas 0,1%, muito abaixo da meta do BCE, que é de taxa ligeiramente inferior a 2%.

Draghi citou especificamente a taxa de depósitos, que já é negativa, numa indicação de que ela poderá ser reduzida ainda mais.

Segundo Draghi, a taxa, que hoje é de -0,2%, pode melhorar a transmissão do programa de relaxamento quantitativo (QE), pelo qual o BCE vem comprando até 60 bilhões de euros em ativos mensalmente.

Draghi também reafirmou que o QE é "um instrumento poderoso e flexível, uma vez que pode ser ajustado em termos de tamanho, composição e duração", num sinal de que o programa poderá ser expandido. O QE teve início em março e, a princípio, está previsto para acabar em setembro de 2016.

O BCE volta a se reunir para revisar sua política monetária em 3 de dezembro. 

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