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BC vai reduzir os juros pelo menos mais uma vez, dizem economistas

O cenário internacional e seus respectivos reflexos no Brasil definirão o limite do afrouxamento monetário

Próxima reunião do Copom será nos dias 29 de 30 de novembro (Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2011 às 09h00.

São Paulo – O Banco Central (BC) repetiu a dose de agosto e reduziu a taxa básica de juros de 12% para 11,50% ao ano nesta quarta-feira. As diferenças em relação à reunião anterior foram a unanimidade da decisão e a ausência de surpresas, já que o mercado projetava exatamente essa queda.

A partir de agora, a missão dos analistas é traçar os rumos da política monetária. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária ( Copom ) – a última do ano – será nos dias 29 e 30 de novembro.

O curto comunicado divulgado pelo BC na noite desta quarta-feira não traz muitas pistas. “O Copom entende que, ao tempestivamente mitigar os efeitos vindos de um ambiente global mais restritivo, um ajuste moderado no nível da taxa básica é consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012", diz o texto. Mais detalhes serão apresentados na ata do Copom, na quinta-feira da semana que vem.

Especialistas ouvidos por EXAME.com acreditam que haverá pelo menos mais uma rodada. “Tem espaço para mais um corte de meio ponto. Maiores ajustes vão depender de a inflação começar a dar sinais de que está de fato cedendo”, diz Rafael Bistafa, economista da consultoria Rosenberg & Associados.

O presidente do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef-SP), Keyler Carvalho Rocha, vê sinais de enfraquecimento da inflação. “Já sentimos algumas reduções na área de alimentação, o que torna correta a decisão do Banco Central de reduzir os juros.”

A consultoria Rosenberg & Associados projeta inflação de 6% para o ano que vem. É um índice elevado, embora abaixo do teto da meta de 6,5%. “Uma ruptura internacional pode derrubar a inflação e permitir novas rodadas de queda de juros”, diz Bistafa. “A nova diretoria do Banco Central está dando bastante peso para o cenário internacional.”

Rocha, do Ibef-SP, ressalta que a atividade econômica já está diminuindo, o que pode permitir novos cortes nos juros em 2012. “É preciso avaliar mais para frente os impactos dessas reduções porque há um efeito retartado na economia.” Rafael Bistafa está preocupado com o reajuste de 14% no salário mínimo em janeiro. “É um ingrediente a mais – bem forte – tanto pelo lado da inflação quanto pelo lado fiscal.” Os dois especialistas concordam que o cenário internacional e seus respectivos reflexos no Brasil definirão o limite do afrouxamento monetário.

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São Paulo – O Banco Central (BC) repetiu a dose de agosto e reduziu a taxa básica de juros de 12% para 11,50% ao ano nesta quarta-feira. As diferenças em relação à reunião anterior foram a unanimidade da decisão e a ausência de surpresas, já que o mercado projetava exatamente essa queda.

A partir de agora, a missão dos analistas é traçar os rumos da política monetária. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária ( Copom ) – a última do ano – será nos dias 29 e 30 de novembro.

O curto comunicado divulgado pelo BC na noite desta quarta-feira não traz muitas pistas. “O Copom entende que, ao tempestivamente mitigar os efeitos vindos de um ambiente global mais restritivo, um ajuste moderado no nível da taxa básica é consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012", diz o texto. Mais detalhes serão apresentados na ata do Copom, na quinta-feira da semana que vem.

Especialistas ouvidos por EXAME.com acreditam que haverá pelo menos mais uma rodada. “Tem espaço para mais um corte de meio ponto. Maiores ajustes vão depender de a inflação começar a dar sinais de que está de fato cedendo”, diz Rafael Bistafa, economista da consultoria Rosenberg & Associados.

O presidente do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef-SP), Keyler Carvalho Rocha, vê sinais de enfraquecimento da inflação. “Já sentimos algumas reduções na área de alimentação, o que torna correta a decisão do Banco Central de reduzir os juros.”

A consultoria Rosenberg & Associados projeta inflação de 6% para o ano que vem. É um índice elevado, embora abaixo do teto da meta de 6,5%. “Uma ruptura internacional pode derrubar a inflação e permitir novas rodadas de queda de juros”, diz Bistafa. “A nova diretoria do Banco Central está dando bastante peso para o cenário internacional.”

Rocha, do Ibef-SP, ressalta que a atividade econômica já está diminuindo, o que pode permitir novos cortes nos juros em 2012. “É preciso avaliar mais para frente os impactos dessas reduções porque há um efeito retartado na economia.” Rafael Bistafa está preocupado com o reajuste de 14% no salário mínimo em janeiro. “É um ingrediente a mais – bem forte – tanto pelo lado da inflação quanto pelo lado fiscal.” Os dois especialistas concordam que o cenário internacional e seus respectivos reflexos no Brasil definirão o limite do afrouxamento monetário.

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