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BC projeta dívida líquida em 33,9% do PIB em agosto

Segundo o chefe do Departamento Econômico, a principal determinante da queda na dívida tem sido a oscilação do câmbio

Homem passa em frente a sede do Banco Central, em Brasília: o resultado de mais gastos com juros no ano até julho também reflete o aumento da inflação (Dado Galdieri/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2013 às 14h08.

Brasília - O Banco Central projeta dívida líquida em 33,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em agosto e dívida bruta em 59,6% do PIB, informou, nesta sexta-feira, 30, Tulio Maciel, chefe do Departamento Econômico do B. Em julho, estavam, respectivamente, em 34,1% e 59,4%.

Maciel destacou que a principal determinante da queda na dívida líquida tem sido a oscilação do câmbio. "Como o Brasil é credor em moeda estrangeira, isso faz com que a dívida recue." O aumento da dívida bruta no mês também se deve à desvalorização cambial, que impactou os passivos, segundo ele.

Maciel afirmou que o acerto de operações de swap cambial, no valor de R$ 1,722 bilhão, representou um gasto adicional no resultado de gastos com juros no mês passado. As despesas, de R$ 23,393 bilhões em julho, foram as maiores para o mês da série histórica, que inicia em dezembro de 2001.

O principal determinante para esse resultado, disse Maciel, teria sido o número de dias úteis. No total, foram três dias úteis a mais do que em junho e um a mais que julho do ano passado. O saldo negativo nominal de R$ 21,107 bilhões também foi o pior para julho da série, conforme ele.

Além das despesas com operações de swap cambial e com a maior quantidade de dias úteis, o resultado de mais gastos com juros no ano até julho também reflete o aumento da inflação no período. Segundo ele, o IPCA acumulado nos primeiros sete meses de 2013 foi de 3,18% ante taxa de 2,76% vista em igual período de 2012. Ele ainda salientou que o aumento da dívida, que é o aumento da base de comparação, também influenciou para que o resultado ficasse em R$ 141,487 bilhões.

Reservas internacionais

O chefe do Departamento Econômico do BC se negou a falar sobre as avaliações de economistas em relação à possibilidade de o governo utilizar neste momento as reservas internacionais. Economistas como Francisco Lopes, Edmar Bacha e Luiz Gonzaga Belluzzo têm lembrado que reservas são extintores de incêndio prontos a serem acionados sempre que a casa começar a pegar fogo. "Não vou comentar avaliações sobre uso ou não das reservas", disse Maciel. De acordo com o BC, na quarta-feira, 28, as reservas somavam US$ 373,372 bilhões.

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Brasília - O Banco Central projeta dívida líquida em 33,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em agosto e dívida bruta em 59,6% do PIB, informou, nesta sexta-feira, 30, Tulio Maciel, chefe do Departamento Econômico do B. Em julho, estavam, respectivamente, em 34,1% e 59,4%.

Maciel destacou que a principal determinante da queda na dívida líquida tem sido a oscilação do câmbio. "Como o Brasil é credor em moeda estrangeira, isso faz com que a dívida recue." O aumento da dívida bruta no mês também se deve à desvalorização cambial, que impactou os passivos, segundo ele.

Maciel afirmou que o acerto de operações de swap cambial, no valor de R$ 1,722 bilhão, representou um gasto adicional no resultado de gastos com juros no mês passado. As despesas, de R$ 23,393 bilhões em julho, foram as maiores para o mês da série histórica, que inicia em dezembro de 2001.

O principal determinante para esse resultado, disse Maciel, teria sido o número de dias úteis. No total, foram três dias úteis a mais do que em junho e um a mais que julho do ano passado. O saldo negativo nominal de R$ 21,107 bilhões também foi o pior para julho da série, conforme ele.

Além das despesas com operações de swap cambial e com a maior quantidade de dias úteis, o resultado de mais gastos com juros no ano até julho também reflete o aumento da inflação no período. Segundo ele, o IPCA acumulado nos primeiros sete meses de 2013 foi de 3,18% ante taxa de 2,76% vista em igual período de 2012. Ele ainda salientou que o aumento da dívida, que é o aumento da base de comparação, também influenciou para que o resultado ficasse em R$ 141,487 bilhões.

Reservas internacionais

O chefe do Departamento Econômico do BC se negou a falar sobre as avaliações de economistas em relação à possibilidade de o governo utilizar neste momento as reservas internacionais. Economistas como Francisco Lopes, Edmar Bacha e Luiz Gonzaga Belluzzo têm lembrado que reservas são extintores de incêndio prontos a serem acionados sempre que a casa começar a pegar fogo. "Não vou comentar avaliações sobre uso ou não das reservas", disse Maciel. De acordo com o BC, na quarta-feira, 28, as reservas somavam US$ 373,372 bilhões.

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