Banco Central da Argentina: instituição reduziu a taxa de juros de 44% para 40% ao ano (Ricardo Moraes/Reuters)
Reuters
Publicado em 19 de fevereiro de 2020 às 18h13.
Última atualização em 19 de fevereiro de 2020 às 18h44.
Banco Central da Argentina reduziu sua taxa básica de juros para 40% ao ano, ante patamar anterior de 44%, nesta quarta-feira, visando reativar a atividade econômica após a desaceleração da inflação.
Esse foi o sétimo corte na taxa de juros desde que Alberto Fernández assumiu, em dezembro.
Nesta quarta-feira (19) também termina o prazo para o país negociar a dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI). As conversas têm sido acompanhadas com atenção pelo mercado financeiro.
O governo peronista espera renegociar as condições de pagamento da linha de crédito de 57 bilhões de dólares que o FMI concedeu à Argentina em 2018, ainda no governo do ex-presidente Mauricio Macri. Desse montante, a Argentina tomou emprestado 44 bilhões de dólares, e uma parte dessa dívida vence já este ano.
A expectativa da Casa Rosada é que o FMI leve em conta a difícil situação econômica e social da Argentina e faça concessões no pagamento da dívida. O país vive uma combinação de recessão, inflação alta e um aumento expressivo da pobreza e do desemprego nos últimos anos.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse que a dívida argentina é "insustentável" e que credores privados precisarão dar uma contribuição significativa para que o país se restabeleça.
A instituição afirmou que a forte elevação da dívida pública significa que o país precisaria de uma "operação de dívida definitiva --demandando uma contribuição significativa de credores privados" para restaurar a sustentabilidade da dívida, que tem um valor equivalente a mais de 300 bilhões de dólares, bem acima das reservas internacionais do país, de cerca de 44 bilhões de dólares.
(Com Reuters)