Economia

BC argentino deixa de vender dólares para a população

A partir desta quinta-feira (26/12), o Banco Central Argentino deixará de atuar no mercado de câmbio para pessoas físicas. De acordo com a nota B 7657, divulgada ao mercado agentino, o Banco Central da República Argentina (BCRA) deixa de operar na compra e na venda de dólares, extinguindo assim a cotação oficial da moeda e […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h20.

A partir desta quinta-feira (26/12), o Banco Central Argentino deixará de atuar no mercado de câmbio para pessoas físicas. De acordo com a nota B 7657, divulgada ao mercado agentino, o Banco Central da República Argentina (BCRA) deixa de operar na compra e na venda de dólares, extinguindo assim a cotação oficial da moeda e avançando na flexibilização do mercado cambial, o que é um requisito do FMI (Fundo Monetário Internacional) para fechar um eventual acordo.

A intervenção do BC no mercado cambial foi adotada depois da desvalorização do peso em janeiro, para controlar uma eventual grande queda da cotação do peso e restringir as operações em dólares. A unificação do mercado cambial foi decidida na segunda-feira, quando, pela primeira vez em 10 meses, o peso foi negociado no mercado livre por um centavo a menos do que seu valor de cotação nas entidades que até hoje operavam por designação do banco central. Na manhã desta quinta-feira, a cotação do dólar variava de 3,44 a 3,51.

Analistas argentinos, em entrevista ao "La Nacion", disseram que essa medida já perdeu o sentido e que deveria ter sido feita antes, quando havia corrida aos bancos e que não deve afetar a cotação da moeda. A única coisa que alteraria o rumo das coisas na Argentina seria se a Corte Suprema voltasse a julgar que os depósitos devam voltar a ser dolarizados.

Debaixo do colchão

Estudo feito pelo instituto Indec, da Argentina, estima que o país, entre pessoas físicas e empresas, tenham guardados fora do sistema bancário o equivalente a 31 bilhões dólares, o equivalente a 30% do PIB. Essa cifra é cerca de três vezes maior que as atuais reservas do BC argentino.

O insituto acredita ainda que esse seja um número conservador, já que antes do curralito esse valor era de 21,2 bilhões de dólares em 2000 e chegou a 28 bilhões em 2001. A Fundación Mediterránea estima que desde 2002 a fuga de divisas do país tenha chegado a 7 bilhões de dólares nos primeiros nove meses deste ano.

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