BC ainda não confia na queda da inflação, diz ata
O Banco Central ainda tem dúvidas sobre a velocidade da queda da inflação - por isso a taxa de juros anul (Selic) não foi reduzida na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Já o viés de alta foi retirado porque "no quadro atual, essas dúvidas não serão esclarecidas no ínterim das reuniões, mas […]
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h39.
O Banco Central ainda tem dúvidas sobre a velocidade da queda da inflação - por isso a taxa de juros anul (Selic) não foi reduzida na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Já o viés de alta foi retirado porque "no quadro atual, essas dúvidas não serão esclarecidas no ínterim das reuniões, mas num prazo mais prolongado", de acordo com a ata da reunião divulgada pelo BC.
Segundo o documento, apesar da trajetória de queda, as taxas recentes de inflação ao consumidor ainda ficaram acima das expectativas do comitê. Além disso, os preços no atacado - apesar da desaceleração na variação dos preços agrícolas - , sofreram aumento na variação mensal.
"essa queda mais lenta da inflação indica a existência de um maior grau de inércia na formação de preços na economia, ainda que esse fenômeno possa vir a se mostrar temporário", diz a ata.
Para os analistas do BC,
os demais fatores que determinam a variação de preços ao consumidor, como a taxa de câmbio e a atividade econômica, "vêm contribuindo no sentido de acelerar a convergência da inflação para a trajetória de suas metas". O documento destaca ainda o ajuste externo pelo qual passa a economia brasileira e afirma que "a consolidação desse processo, entretanto, está condicionada à convergência da inflação para níveis mais baixos, de forma a preservar a mudança de preços relativos ocorrida no ano passado".
Perspectivas
O Copom reduziu as projeções para os reajustes dos preços administrados para 2003. O BC estima que os preços administrados por contrato ou monitorados deverão registrar alta de 15,3% este ano. "A apreciação cambial, a conseqüente diminuição das projeções para os reajustes das tarifas de eletricidade, a diminuição dos preços dos derivados de petróleo foram os maiores responsáveis pela queda de 1,5 ponto percentual em relação às projeções de março", afirma a ata. Para 2004, o Copom espera que esse conjunto de preços apresente aumento de 8,5%, o que representa uma queda de 0,5 ponto porcentual em relação à projeção feita em março. A queda na estimativa é resultado da diminuição das expectativas de inflação sobre a variação do IGP-M no próximo ano.
Para os combustíveis, o Copom reduziu de 12,4% para 8,4% sua estimativa para o aumento da gasolina em 2003. No caso do gás de cozinha, o reajuste esperado pelo BC este ano passou de 4,2% para 1,6%. Essas projeções incorporam tanto os reajustes concedidos no início do ano quanto a redução de preços da gasolina anunciada pela Petrobras.
O Banco Central ainda tem dúvidas sobre a velocidade da queda da inflação - por isso a taxa de juros anul (Selic) não foi reduzida na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Já o viés de alta foi retirado porque "no quadro atual, essas dúvidas não serão esclarecidas no ínterim das reuniões, mas num prazo mais prolongado", de acordo com a ata da reunião divulgada pelo BC.
Segundo o documento, apesar da trajetória de queda, as taxas recentes de inflação ao consumidor ainda ficaram acima das expectativas do comitê. Além disso, os preços no atacado - apesar da desaceleração na variação dos preços agrícolas - , sofreram aumento na variação mensal.
"essa queda mais lenta da inflação indica a existência de um maior grau de inércia na formação de preços na economia, ainda que esse fenômeno possa vir a se mostrar temporário", diz a ata.
Para os analistas do BC,
os demais fatores que determinam a variação de preços ao consumidor, como a taxa de câmbio e a atividade econômica, "vêm contribuindo no sentido de acelerar a convergência da inflação para a trajetória de suas metas". O documento destaca ainda o ajuste externo pelo qual passa a economia brasileira e afirma que "a consolidação desse processo, entretanto, está condicionada à convergência da inflação para níveis mais baixos, de forma a preservar a mudança de preços relativos ocorrida no ano passado".
Perspectivas
O Copom reduziu as projeções para os reajustes dos preços administrados para 2003. O BC estima que os preços administrados por contrato ou monitorados deverão registrar alta de 15,3% este ano. "A apreciação cambial, a conseqüente diminuição das projeções para os reajustes das tarifas de eletricidade, a diminuição dos preços dos derivados de petróleo foram os maiores responsáveis pela queda de 1,5 ponto percentual em relação às projeções de março", afirma a ata. Para 2004, o Copom espera que esse conjunto de preços apresente aumento de 8,5%, o que representa uma queda de 0,5 ponto porcentual em relação à projeção feita em março. A queda na estimativa é resultado da diminuição das expectativas de inflação sobre a variação do IGP-M no próximo ano.
Para os combustíveis, o Copom reduziu de 12,4% para 8,4% sua estimativa para o aumento da gasolina em 2003. No caso do gás de cozinha, o reajuste esperado pelo BC este ano passou de 4,2% para 1,6%. Essas projeções incorporam tanto os reajustes concedidos no início do ano quanto a redução de preços da gasolina anunciada pela Petrobras.