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Base se articula para pressionar Fazenda por novo Refis

Com o desempenho positivo na arrecadação, o Ministério da Fazenda tem defendido a não aprovação do novo programa

Refis: os parlamentares da base de apoio pedem que o prazo de renegociação de dívidas seja estendido (Ueslei Marcelino/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de setembro de 2017 às 13h25.

Brasília - A base aliada do governo Temer se articula para reagir, caso a equipe econômica deixe caducar a renovação do Refis, programa de parcelamento tributário para devedores da União. Segundo os parlamentares, o governo estará "cavando" um problema com a base de apoio e com o empresariado.

Com o desempenho positivo na arrecadação, o Ministério da Fazenda tem defendido a não aprovação do novo Refis. O prazo para adesão de empresas ao programa termina em 29 de setembro, mas os parlamentares da base de apoio pedem que o prazo de renegociação de dívidas seja estendido até o dia 31 de outubro.

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Um dos deputados envolvidos nas negociações sobre o Refis, Alfredo Kaefer (PSL-PR) afirmou que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse que fará todos os esforços para votar a MP na próxima terça-feira, dia 26, para que a proposta siga para o Senado, onde precisa ser votada antes de 11 de outubro, quando perde a validade. "Os empresários estão esperando e vão ficar frustrados se isso acontecer. Não vai ser bom para o governo", disse.

Kaefer afirmou que, nesta quarta-feira, 20, circulou nos bastidores notícia de que a equipe econômica quer deixar a MP caducar, pois já teria arrecadado cerca de R$ 6 bilhões com o programa até agora, de acordo com as regras previstas no texto original da proposta. "Mas ninguém falou oficialmente isso", ponderou.

O líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou nesta quinta-feira, 21, que trabalha para votar na próxima semana, no plenário da Casa, a medida provisória (MP) que cria o novo Refis.

Ribeiro admitiu que, se o governo deixar a proposta caducar, haverá insatisfação entre os parlamentares da base aliada, o que não é bom em meio à expectativa da chegada à Câmara da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

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