UE: o bloco responde a medidas semelhantes tomadas pelos Estados Unidos (Francois Lenoir/Reuters)
Reuters
Publicado em 4 de setembro de 2017 às 16h16.
Londres - Dezenove bancos estrangeiros na União Europeia precisarão criar novas empresas controladoras para que os reguladores possam analisá-las mais de perto, segundo um documento de discussões do bloco, respondendo a medidas tomadas pelos Estados Unidos.
A Comissão Europeia propôs em novembro que os bancos sediados fora da União Europeia consolidassem suas atividades europeias sob uma "empresa controladora intermediária" (IPU, na sigla em inglês) em resposta aos movimentos norte-americanos de exigir que bancos estrangeiros façam o mesmo.
O órgão agora desenvolveu seu projeto e fez uma estimativa preliminar de que 19 bancos estrangeiros terão que criar uma IPU. Eles operam por meio de 53 subsidiárias e 53 agências, com 35, um terço do total, apenas no Reino Unido.
O país deixa o bloco em março de 2019, o que faz um "quadro adequado" para a supervisão de operações bancárias não-comunitárias "ainda mais relevante", disse um documento de discussão visto pela Reuters.
As subsidiárias de bancos estrangeiros compõem 42 por cento das subsidiárias bancárias do bloco, ante 36 por cento em 2008, mas os reguladores da UE têm apenas "acesso limitado" a dadossobre o que acontece nessas operações, disse o documento.
A proposta precisa de aprovação dos Estados membros do bloco e do Parlamento Europeu para se tornar lei, e muitas vezes são feitas grandes mudanças durante este processo.
Os 19 bancos citados são Bank of America, Citi, Credit Suisse, Goldman Sachs, JP Morgan, Morgan Stanley, Mitsubishi UFJ Financial Group, UBS, Bank of New York Mellon, Industrial and Commercial Bank of China, State Street, Sumitomo Mitsui, Mizuho Financial, Wells Fargo, Bank of China, Agricultural Bank of China, China Construction Bank, Nomura e Royal Bank of Canada.