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Bancos espanhóis provisionarão mais 11,3 bi de euros em 2012

Ao todo, serão impostos aos bancos 30 bilhões de euros em novas provisões

O governo anunciou na sexta-feira que faria uma reforma para sanear o setor financeiro por sua exposição ao imobiliário (Pedro Armestre/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2012 às 13h15.

Madri - Os quatro principais bancos espanhóis anunciaram, antes da abertura da bolsa nesta segunda-feira, que provisionarão 11,324 bilhões de euros adicionais em 2012, antes de impostos, para respeitar a nova reforma do setor financeiro.

O governo anunciou na sexta-feira que faria uma reforma para sanear o setor financeiro por sua exposição ao imobiliário.

Ao todo, serão impostos aos bancos 30 bilhões de euros em novas provisões, concentradas principalmente nos ativos considerados com potencial de se tornarem problemáticos.

Estas medidas foram ponderadas no domingo pela Comissão Europeia. "Uma reforma rápida e profunda dos bancos é a pedra angular da resposta da Espanha à crise", disse o comissário europeu encarregado de Assuntos Econômicos, Olli Rehn.

A agência de classificação financeira Moody's manifestou sua preocupação na segunda-feira em seu boletim semanal, ante o impacto que os problemas do setor financeiro poderiam ter nas finanças públicas.

Segundo a Moody's, esse cenário tende a gerar aumento da dívida pública espanhola, já elevada, que representava 68,5% do PIB ao final de 2011.

As próprias entidades financeiras devem realizar suas provisões, mas, caso seja necessário, o Fundo de ajuda pública ao setor (Frob) poderá emprestar-lhes dinheiro, através de uma participação, disseram as autoridades espanholas.

Essas novas provisões se somam aos 53,8 bilhões de euros já impostos ao setor na reforma de fevereiro.

Encaminhado para a nacionalização, o Bankia, quarto banco espanhol, é a entidade mais afetada por esta nova reforma: deverá fazer provisões de 4,722 bilhões de euros suplementares, antes de impostos.

O Bankia, maior união de caixas de poupança da Espanha, conta com 31,8 bilhões de euros em ativos imobiliários tóxicos.


O governo anunciou na quarta-feira que tomará o controle do banco, transformando em participação a dívida de 4,465 bilhões de euros contraída em dezembro de 2010 com o Estado através de um empréstimo público.

O Santander, número um da Eurozona em valor de mercado, anunciou no domingo que provisionará 2,7 bilhões de euros a mais em 2012, antes de impostos.

O BBVA, segundo maior banco espanhol, anunciou nesta segunda-feira que provisionará 1,8 bilhões de euros a mais em 2012. Já o CaixaBank, deverá provisionar 2,102 bilhões de euros a mais este ano. O Cívica, com o qual o BBVA se fundiu em março, deverá realizar 1,287 bilhões de euros em provisões.

O quinto maior banco da Espanha, o Banco Popular, anunciou nesta segunda-feira 2,314 bi extras em provisões, após impostos.

De acordo com o Banco da Espanha, a dívida dos bancos espanhóis com o Banco Central Europeu superou em abril o recorde já histórico do mês anterior, ao alcançar 263,5 bilhões de euros, impulsionada sobretudo pela recente injeção de liquidez por parte do BCE.

Este número, que é também um indício da capacidade dos bancos espanhóis para recorrer aos mercados (no lugar do BCE) para se refinanciar, já havia alcançado um valor recorde em março, a 227,6 bilhões de euros, disse o Banco da Espanha, que publica estes dados desde 1999

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Madri - Os quatro principais bancos espanhóis anunciaram, antes da abertura da bolsa nesta segunda-feira, que provisionarão 11,324 bilhões de euros adicionais em 2012, antes de impostos, para respeitar a nova reforma do setor financeiro.

O governo anunciou na sexta-feira que faria uma reforma para sanear o setor financeiro por sua exposição ao imobiliário.

Ao todo, serão impostos aos bancos 30 bilhões de euros em novas provisões, concentradas principalmente nos ativos considerados com potencial de se tornarem problemáticos.

Estas medidas foram ponderadas no domingo pela Comissão Europeia. "Uma reforma rápida e profunda dos bancos é a pedra angular da resposta da Espanha à crise", disse o comissário europeu encarregado de Assuntos Econômicos, Olli Rehn.

A agência de classificação financeira Moody's manifestou sua preocupação na segunda-feira em seu boletim semanal, ante o impacto que os problemas do setor financeiro poderiam ter nas finanças públicas.

Segundo a Moody's, esse cenário tende a gerar aumento da dívida pública espanhola, já elevada, que representava 68,5% do PIB ao final de 2011.

As próprias entidades financeiras devem realizar suas provisões, mas, caso seja necessário, o Fundo de ajuda pública ao setor (Frob) poderá emprestar-lhes dinheiro, através de uma participação, disseram as autoridades espanholas.

Essas novas provisões se somam aos 53,8 bilhões de euros já impostos ao setor na reforma de fevereiro.

Encaminhado para a nacionalização, o Bankia, quarto banco espanhol, é a entidade mais afetada por esta nova reforma: deverá fazer provisões de 4,722 bilhões de euros suplementares, antes de impostos.

O Bankia, maior união de caixas de poupança da Espanha, conta com 31,8 bilhões de euros em ativos imobiliários tóxicos.


O governo anunciou na quarta-feira que tomará o controle do banco, transformando em participação a dívida de 4,465 bilhões de euros contraída em dezembro de 2010 com o Estado através de um empréstimo público.

O Santander, número um da Eurozona em valor de mercado, anunciou no domingo que provisionará 2,7 bilhões de euros a mais em 2012, antes de impostos.

O BBVA, segundo maior banco espanhol, anunciou nesta segunda-feira que provisionará 1,8 bilhões de euros a mais em 2012. Já o CaixaBank, deverá provisionar 2,102 bilhões de euros a mais este ano. O Cívica, com o qual o BBVA se fundiu em março, deverá realizar 1,287 bilhões de euros em provisões.

O quinto maior banco da Espanha, o Banco Popular, anunciou nesta segunda-feira 2,314 bi extras em provisões, após impostos.

De acordo com o Banco da Espanha, a dívida dos bancos espanhóis com o Banco Central Europeu superou em abril o recorde já histórico do mês anterior, ao alcançar 263,5 bilhões de euros, impulsionada sobretudo pela recente injeção de liquidez por parte do BCE.

Este número, que é também um indício da capacidade dos bancos espanhóis para recorrer aos mercados (no lugar do BCE) para se refinanciar, já havia alcançado um valor recorde em março, a 227,6 bilhões de euros, disse o Banco da Espanha, que publica estes dados desde 1999

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