Economia

Banco Mundial divulga pesquisa sobre burocracia no EXAME Fórum

"Desburocratizar para Crescer" será o tema discutido pelo ministro do Desenvolvimento Luiz Fernando Furlan, entre outros especialistas, em evento fechado para convidados

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h42.

Quando em um país o ímpeto para fazer negócios e crescer economicamente é sabotado por uma pesada estrutura de regulamentos e tributos, é sinal de que algo precisa mudar. Esse desafio será discutido nesta segunda-feira (23/08) no EXAME Fórum - Desburocratizar para Crescer, em São Paulo.

O fóum foi escolhido pelo Banco Mundial (Bird) para divulgar sua pesquisa internacional sobre o tema, que será apresentada por Simeon Djankov, PhD em Economia pela Universidade de Michigan. Djankov coordenou 2.000 pesquisadores que analisaram o conjunto de normas jurídicas que envolvem o nascimento, a atividade e o encerramento de empresas em mais de uma centena de países. A edição da revista EXAME que chega às bancas na quinta-feira (26/8) traz reportagem completa sobre o tema.

O presidente do Grupo Abril, Roberto Civita, fará a abertura do debate. Além de Djankov, participa como conferencista o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan. Os debatedores serão Alencar Burti, presidente do Conselho Deliberativo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP); Alcides Tápias, ex-ministro do Desenvolvimento e sócio-diretor da Aggrego Consultores; Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central e sócio da corretora Rio Bravo, e José Pastore, professor de Relações do Trabalho da Universidade de São Paulo. O mediador será o jornalista Carlos Alberto Sardenberg, colunista da revista EXAME. O evento, realizado com apoio do Sebrae-SP, é fechado para convidados.

Edição de 2004

A edição anterior da pesquisa "Fazendo Negócios", na qual foram pesquisados 133 nações, mostra o Brasil como o sexto país onde é mais difícil abrir uma empresa. Quando o negócio sucumbe, muitas vezes por causa da carga tributária imposta pelo Estado brasileiro, a demora para sepultar legalmente a empresa - nada menos que dez anos - só não é mais longa do que na Índia. "Nos países de economia avançada, o fracasso em uma empreitada é apenas o primeiro passo para uma nova tentativa. Processos rápidos e baratos de fechamento de empresas são a base da inovação nos segmentos de ponta da economia", afirma o documento de 194 páginas do Bird.

O estudo de 2004 também mostra que os países onde o número de etapas para abrir uma empresa é superior a quatro têm em geral o dobro da população ativa na informalidade. No Brasil, com leis trabalhistas que só perdem em anacronismo para Panamá e Portugal, quase 50 milhões de brasileiros tocam suas atividades à margem da economia formal.

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