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Balança comercial acumula superávit de US$ 8 bi no ano

A balança comercial brasileira já acumula no ano superávit de US$ 8,045 bilhões o melhor resultado da história. Em maio, o superávit chegou a US$ 2,507 bilhões, o melhor resultado mensal deste ano e também o melhor para o mês na série histórica do Banco Central. O saldo é resultado de exportações de US$ 27,128 […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h20.

A balança comercial brasileira já acumula no ano superávit de US$ 8,045 bilhões o melhor resultado da história. Em maio, o superávit chegou a US$ 2,507 bilhões, o melhor resultado mensal deste ano e também o melhor para o mês na série histórica do Banco Central. O saldo é resultado de exportações de US$ 27,128 bilhões menos importações de US$ 19,083 bilhões.

As exportações, em maio, foram de US$ 6,372 bilhões (média por dia útil de US$ 303,4 milhões) e as importações, de US$ 3,865 bilhões (média por dia útil de US$ 184 milhões). O mês teve 21 dias úteis, o mesmo número de maio do ano passado, e um dia a mais do que abril deste ano.

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Na comparação com maio do ano passado, houve um crescimento na média por dia útil de 43,5% e em relação a abril deste ano, de 6,3% nas exportações. Já as importações, na média por dia útil, caíram 4,9% em comparação a maio do ano passado, e 7,9% comparadas a abril deste ano. No acumulado do ano, a média por dia útil das exportações cresceu 30,6%. E a das importações, apenas 1%.

A projeção do mercado financeiro e do Banco Central para o superávit da balança comercial, em 2003, é de US$ 16 bilhões.

Na semana passada, o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, adiantou que a balança iria bater um recorde ao registrar em maio um saldo superior a 2 bilhões de reais. Até a quarta semana de maio, o Brasil já acumulava um superávit comercial de 1,716 bilhão de dólares no mês.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (2/6) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e, às 15h30, o secretário de Comércio Exterior, Ivan Ramalho, dará uma entrevista para comentar os números da balança.

Na quarta semana de maio, a balança comercial apresentou exportações de US$ 1.526 milhões e importações de US$ 922 milhões, resultando em superávit de US$ 604 milhões. Até a quarta semana de maio, as exportações acumulam US$ 4.743 milhões e as importações, US$ 3.027 milhões, com superávit de US$ 1.716 milhões. No ano, as vendas externas totalizam US$ 25.499 milhões e as compras, US$ 18.245 milhões, acumulando saldo positivo de US$ 7.254 milhões.

No acumulado em 12 meses, o resultado da balança comercial está em US$ 19,244 bilhões. Esse é o maior saldo registrado pelo país desde junho de 1989, quando há treze anos o Brasil exportava US$ 35,1 bilhões e importava US$ 15,5 bilhões (saldo de US$ 19,5 bilhões). "Comparando o saldo acumulado em 12 meses atual com o de um ano atrás, de US$ 4,928 bilhões, percebe-se um grande aumento das exportações e queda menos expressiva nas importações. O acumulado de exportações estava em US$ 55,311 bilhões, frente aos US$ 66,516 bilhões desse ano, o que significa crescimento de US$ 11,205 bilhões, ou 20,3%. Já as importações no mesmo período passaram de US$ 50,383 bilhões para os atuais US$ 47,272 bilhões, queda de US$ 3,111 bilhões, ou menos 6,2%", avalia a consultoria GlobalInvest.

Perspectivas para o segundo semestre

Na semana passada, o ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) disse o governo só vai "ceder à tentação" de aumentar a previsão de exportações depois que atingir os US$ 8 bilhões, pois a expectativa para o segundo semestre deste ano é de que as taxas de câmbio nominal e real sejam muito menores que as do ano passado. Portanto, cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém , brincou Furlan.

Para ele, o segundo semestre deste ano será o grande desafio para as exportações brasileiras, já que a expectativa é taxas de câmbio mais baixas no período do que as verificadas no segundo semestre do ano passado, quando o dólar chegou perto de R$ 4.

Furlan disse que, nos últimos seis meses de 2002, com a disparada do dólar, a média mensal das exportações foi de US$ 5,9 bilhões, mas neste ano o crescimento não deve atingir a mesma velocidade. Por isso, o governo ainda não decidiu se vai aumentar a meta de exportações para o ano, explicou.

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