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Awazu, do BC, diz que política monetária seguirá vigilante

Economistas de instituições financeiras voltaram a elevar a perspectiva para a taxa básica de juros Selic no fim deste ano

Luiz Awazu Pereira da Silva: "deve manter-se vigilante para assegurar a convergência da inflação à meta de 4,5 por cento no final de 2016" (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)
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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2015 às 13h08.

Brasília - O Banco Central do Brasil avalia que os avanços obtidos até agora no combate à inflação ainda não foram suficientes e que, por isso, a política monetária continuará vigilante para assegurar a convergência da inflação para a meta de 4,5 por cento ao fim de 2016, reforçou o diretor de Política Econômica do BC, Luiz Awazu Pereira, nesta quinta-feira.

Em apresentação durante seminário da revista The Economist em Paris, Awazu repetiu trechos do Relatório de Inflação, apresentado pelo BC no fim de junho, sugerindo aperto mais duro nos juros para concretizar a tarefa de levar a inflação à meta no final do próximo ano.

Nesta quinta, o diretor do BC novamente assinalou que a política monetária pode e deve conter os efeitos de segunda ordem do duplo ajuste de preços relativos na economia para circunscrevê-los a 2015.

"Por isso, deve manter-se vigilante para assegurar a convergência da inflação à meta de 4,5 por cento no final de 2016", segundo a apresentação de Awazu.

Economistas de instituições financeiras voltaram a elevar a perspectiva para a taxa básica de juros Selic no fim deste ano, a 14,50 por cento contra 14,25 por cento antes, conforme pesquisa Focus divulgada pelo BC no começo desta semana.

O patamar embute uma alta de mais de mais 0,75 ponto percentual nos juros em relação à taxa corrente de 13,75 por cento ao ano, que havia sido ajustada para cima pelo BC no início de junho.

A autoridade monetária vem elevando a Selic de forma consecutiva desde outubro do ano passado, em meio ao persistente avanço da inflação.

O IPCA-15, prévia da inflação oficial, bateu em 8,8 por cento nos 12 meses encerrados em junho, na maior alta desde dezembro de 2003 e bem acima da meta de 4,5 por cento, com margem de dois pontos para mais ou para menos.

Na véspera, o presidente do BC, Alexandre Tombini, também reiterou o compromisso levar a inflação para 4,5 por cento até o fim de 2016, repetindo que "a política monetária no Brasil está e continuará vigilante", e mencionando novamente a necessidade de "determinação e perseverança" para a consolidação desse processo.

Mudança na banda

Após o Conselho Monetário Nacional (CMN) reduzir na semana passada a faixa de tolerância da meta de inflação para 1,5 ponto percentual em 2017, contra 2 pontos hoje, Awazu disse em apresentação que a investida reforça o compromisso com a meta de inflação de 4,5 por cento.

Após o calote da Grécia ao Fundo Monetário Internacional (FMI) na terça-feira, o diretor do BC destacou que uma eventual saída do país da zona do euro adiciona algum estresse ao cenário externo.

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Brasília - O Banco Central do Brasil avalia que os avanços obtidos até agora no combate à inflação ainda não foram suficientes e que, por isso, a política monetária continuará vigilante para assegurar a convergência da inflação para a meta de 4,5 por cento ao fim de 2016, reforçou o diretor de Política Econômica do BC, Luiz Awazu Pereira, nesta quinta-feira.

Em apresentação durante seminário da revista The Economist em Paris, Awazu repetiu trechos do Relatório de Inflação, apresentado pelo BC no fim de junho, sugerindo aperto mais duro nos juros para concretizar a tarefa de levar a inflação à meta no final do próximo ano.

Nesta quinta, o diretor do BC novamente assinalou que a política monetária pode e deve conter os efeitos de segunda ordem do duplo ajuste de preços relativos na economia para circunscrevê-los a 2015.

"Por isso, deve manter-se vigilante para assegurar a convergência da inflação à meta de 4,5 por cento no final de 2016", segundo a apresentação de Awazu.

Economistas de instituições financeiras voltaram a elevar a perspectiva para a taxa básica de juros Selic no fim deste ano, a 14,50 por cento contra 14,25 por cento antes, conforme pesquisa Focus divulgada pelo BC no começo desta semana.

O patamar embute uma alta de mais de mais 0,75 ponto percentual nos juros em relação à taxa corrente de 13,75 por cento ao ano, que havia sido ajustada para cima pelo BC no início de junho.

A autoridade monetária vem elevando a Selic de forma consecutiva desde outubro do ano passado, em meio ao persistente avanço da inflação.

O IPCA-15, prévia da inflação oficial, bateu em 8,8 por cento nos 12 meses encerrados em junho, na maior alta desde dezembro de 2003 e bem acima da meta de 4,5 por cento, com margem de dois pontos para mais ou para menos.

Na véspera, o presidente do BC, Alexandre Tombini, também reiterou o compromisso levar a inflação para 4,5 por cento até o fim de 2016, repetindo que "a política monetária no Brasil está e continuará vigilante", e mencionando novamente a necessidade de "determinação e perseverança" para a consolidação desse processo.

Mudança na banda

Após o Conselho Monetário Nacional (CMN) reduzir na semana passada a faixa de tolerância da meta de inflação para 1,5 ponto percentual em 2017, contra 2 pontos hoje, Awazu disse em apresentação que a investida reforça o compromisso com a meta de inflação de 4,5 por cento.

Após o calote da Grécia ao Fundo Monetário Internacional (FMI) na terça-feira, o diretor do BC destacou que uma eventual saída do país da zona do euro adiciona algum estresse ao cenário externo.

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