Aumenta o consumo das classes D e E no governo Lula
Estudo mostra que a população de baixa renda consumiu mais em relação ao resto da população durante o primeiro mandato
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h27.
O estudo Consumo na Era Lula, divulgado nesta quarta-feira (22/11), mostra que o governo atual foi marcado pela expansão de 11% do volume de consumo popular. O gasto médio com produtos das cestas de alimentos, bebidas, higiene pessoal e limpeza teve alta de 35%.
De acordo com a pesquisa sobre o primeiro mandato de Lula, produzido pela LatinPanel, empresa de pesquisa de consumo domiciliar, o número de categorias da cesta de compras padrão da classe D e E aumentou de 21 para 27, registrando um crescimento de 29%. O número representa os itens comprados regularmente pelas famílias.
Passam a fazer parte da cesta padrão dessas classes produtos como maionese, leite longa vida e extrato de tomate. "Além de ampliar o número de categorias, houve uma sofisticação da cesta de consumo na baixa renda", diz a diretora comercial da LatinPanel e coordenadora do estudo, Margareth Utimura.
O percentual de domicílios da classe D e E compradores das 70 categorias avaliadas cresceu 15% desde janeiro de 2003 até agosto de 2006. Nas classes AB, o aumento foi de 5% e de 10% na classe C. O gasto médio com as cestas de todas as famílias famílias pesquisadas cresceu 31% e o volume médio registrou um aumento de 5%, no período.
No ano de 2006, 2,15 milhões de famílias de baixa renda migraram para a classe C, segundo o levantamento. Em 2005, cerca de 44% das famílias brasileiras encontravam-se nas classes D e E. No ano seguinte, este valor diminuiu para 39%. As regiões Norte e Nordeste possuem o maior percentual de famílias de baixa renda (66%).
A pesquisa foi realizada a partir do acompanhamento semanal da cesta de compras de 8.200 famílias brasileiras nos últimos quatro anos e é representativa de 82% da população domiciliar do país e de 91% do potencial de consumo do mercado local.