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Atividade econômica do Brasil recua 0,91% em agosto, diz BC

O resultado veio pior que a previsão de recuo de 0,69 por cento, apontada por analistas em pesquisa Reuters

Real: o IBC-Br incorpora projeções para a produção nos três setores básicos da economia (Marcos Santos)
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Reuters

Publicado em 20 de outubro de 2016 às 09h18.

Última atualização em 20 de outubro de 2016 às 09h29.

São Paulo - A Atividade Econômica brasileira seguiu em território negativo em agosto, com contração de 0,91 por cento sobre julho segundo índice do Banco Central divulgado nesta quinta-feira, pior resultado em mais de um ano, que ilustra os percalços para a retomada econômica.

A contração apontada pelo resultado dessazonalizado do chamado Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto ( PIB ), foi mais acentuada do que a expectativa de recuo de 0,69 por cento no mês em pesquisa da Reuters.

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A leitura de agosto é o pior resultado desde maio de 2015, quando o indicador apresentou recuo de 1,02 por cento.

"Algum sinal mais evidente de reversão da atual recessão... só deve vir no último trimestre deste ano. Crescimento, talvez só em 2017", avaliou em nota o economista-chefedo Banco Fator, José Francisco Gonçalves.

A leitura de agosto é um reflexo da fraqueza econômica mostrada recentemente em outros indicadores, destacando a dificuldade de o país dar sinais consistentes de recuperação depois de o PIB recuar 0,6 por cento no segundo trimestre sobre o período anterior, segundo dados do IBGE.

Neste ano, o IBC-Br mostrou avanço da atividade apenas em abril e junho, na comparação com o mês anterior.

A produção industrial sofreu em agosto um tombo de 3,8 por cento sobre julho, interrompendo cinco meses seguidos de ganhos, enquanto as vendas no varejo apresentaram queda de 0,6 por cento na mesma base de comparação, também de acordo com o IBGE.

Por sua vez, o setor de serviços registrou queda de 1,6 por cento no volume de vendas em agosto sobre o mês anterior, com destaque para a retração nos serviços prestados às famílias.

O IBC-Br incorpora projeções para a produção no setor de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos.

Em julho, o índice apresentou perda de 0,19 por cento em dado revisado pelo BC após divulgar no mês passado uma queda de 0,09 por cento para o período.

Na comparação com agosto do ano passado, o IBC-Br caiu 4,43 por cento. No acumulado em 12 meses, o recuo foi de 5,60 por cento, sempre em números dessazonalizados.

Na quarta-feira, o BC reduziu a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 14 por cento ao ano, no primeiro corte desde 2012, no que deve ser o início de um ciclo de baixa que pode ajudar na recuperação da economia.

A expectativa de economistas para o ano é de uma contração de 3,19 por cento no PIB, segundo pesquisa Focus mais recente, realizada pelo BC com mais de uma centena de economistas.

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