Economia

Ataques ao Iraque se intensificam; EUA tomam zonas petrolíferas

Bagdá, capital do Iraque, sofreu o maior ataque aéreo de sua história nesta sexta-feira (21/03), dia sagrado para os mulçumanos. O bombardeio começou às 15h (hora de Brasília). Ações foram realizadas ao longo do dia e da noite. Cinco horas depois (2h da madrugada em Bagdá), as sirenes de alerta ainda eram ouvidas. Extensas cortinas […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h19.

Bagdá, capital do Iraque, sofreu o maior ataque aéreo de sua história nesta sexta-feira (21/03), dia sagrado para os mulçumanos. O bombardeio começou às 15h (hora de Brasília). Ações foram realizadas ao longo do dia e da noite. Cinco horas depois (2h da madrugada em Bagdá), as sirenes de alerta ainda eram ouvidas.

Extensas cortinas de fumaça ergueram-se sobre a cidade. Estima-se que 25 prédios foram destruídos, incluindo edifícios públicos e palácios de Saddan Hussein. Os aliados voltaram a fazer massivos ataques aéreos contra mais de 1.000 de alvos iraquianos, afirmou o general Richard Myers, da Força Aérea.

As tropas aliadas seguiram por terra sem resistência e na madrugada tinham avançado por 160 quilômetros em território iraqueano. Se a marcha pelo deserto manter o ritmo, os soldados americanos e britânicos podem alcançar a Bagdá em quatro dias. Cerca de 600 soldados iranianos foram presos, metade deles se rendeu.

O secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, disse que há sinais claros de que Saddam Hussein está perdendo o controle do seu país. Ele confirmou que o porto de Umm Qasr foi tomado pelos aliados. Mas o dia também foi de baixas. Com a queda de mais um helicóptero, o terceiro desde o início das operações, morreram 12 soldados, oito ingleses e quatro americanos.

"Hoje é o Dia A", afirmou uma autoridade do Pentágono, sobre os fortes bombardeios em Bagdá nesse momento. Densas colunas de fumaça sobem na região de Raduaniye, sudoeste de Bagdá, onde está um dos palácios do presidente iraquiano, Saddam Hussein. Pouco antes do começo do ataque, as sirenes de alerta soaram na capital e as baterias anti-aéreas iraquianas entraram em ação.

Os marinheiros americanos e os membros da coalisão tomaram os dois maiores terminais de gás e óleo do norte do Golfo Pérsico: Kirkuk e Mosul. As forças da coalizão tomaram sete poços do petróleo.

Rumsfeld admitiu que os ataques contra Saddam na quinta-feira falharam. "O que nós fizemos na até agora não foram suficientemente convincente." Os oficiais esperam que um dia de ataques massivos a bomba convencerão os líderes do Iraque a se render. A CIA confirmou que é de Saddam Hussein a voz que se ouve em fitas gravadas logo após o início dos bombardeios a Bagdá. Mas não se pode precisar a data da gravação.

O avanço confirma as declarações do vice-presidente norte-americano, Dick Cheney, de que a guerra será rápida, mas contraria a estimativa do chefe da diplomacia britânica, Jack Straw, que não quis excluir a possibilidade de a ofensiva se prolongar.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Collin Powell, admitiu que as forças coligadas contra o Iraque estão tendo dificuldades de sobrevoar o território inimigo, partindo da Turquia, país que liberou seu espaço aéreo para o ataque, informou a rede de TV CNN. A emissora americana de TV foi expulsa de Bagdá, de onde fazia transmissões diretas desde o início da ofensiva das forças aliadas no país. A equipe de quatro pessoas que trabalhava para a cadeia de televisão na capital iraquiana recebeu das autoridades iraquianas ordem para abandonar o país.

França

O presidente da França, Jacques Chirac, disse em Bruxelas (Bélgica) que a França não irá acatar uma resolução das Nações Unidas que entregue a administração do Iraque aos Estados Unidos e ao Reino Unido, no final da guerra. Para Chirac, tal resolução seria "uma maneira evidente de legitimar a intervenção militar", dando aos

norte-americanos e britânicos agressores poderes para administrar o Iraque. Ele considerou que os Estados Unidos e a Grã-Bretanha "saíram da legalidade internacional", ao declarar guerra ao Iraque sem o aval das Nações Unidas, e ressaltou que a reconstrução do Iraque, seja qual for o resultado da guerra, só pode caber às Nações Unidas. Chirac acrescentou que "os recursos do país pertencem a este, e só a este". As informações são da Agência Lusa.

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