As principais notícias de economia da semana – 26/07
Corte no orçamento e desemprego em alta marcaram a semana no Brasil
Da Redação
Publicado em 26 de julho de 2013 às 17h03.
São Paulo – A semana começou com o Ministro da Fazenda, Guido Mantega , diminuindo um pouco a projeção de crescimento da economia brasileira . Depois, o aguardado anúncio de corte no orçamento foi realizado.
No Brasil, os dados sobre desemprego não foram os melhores possíveis. Já na Espanha, onde o desemprego entre jovens chegou a atingir a metade deles, o número do segundo trimestre foi o melhor dos últimos dois anos.
Veja as principais notícias da economia da semana:
Projeções de crescimento vão mal...
A mídia estrangeira segue pegando no pé da economia brasileira. Nessa semana, o New York Times noticiou um velho conhecido dos brasileiros: os elevados preços de produtos como celulares e carros. E o Financial Times ironizou a projeção de crescimento da economia brasileira dada pelo Ministro da Fazenda, Guido Mantega, que, no começo da semana, diminuiu a projeção de crescimento entre 3% e 3,5% para algo entre 2,5% e 3%. A capa da revista Economist dessa semana fala, justamente, da desaceleração econômica dos BRICs. O Boletim Focus dessa semana indicou que o mercado espera um crescimento de 2,28%.
Estimativas indicam que o crescimento da economia no governo Dilma é o pior em 24 anos. Economistas projetam que o crescimento econômico anual no mandato de Dilma vai registrar uma média de 2,12% - a menor média durante uma presidência desde Fernando Collor.
A Cepal revisou suas projeções para o crescimento da América Latina e Caribe em 2013 para 3%. Para o Brasil, a projeção é de crescimento de 2,5% - expectativa que só supera as projeções de crescimento para a Venezuela e para El Salvador.
...E o desemprego já não está como antes
O mercado de trabalho vem perdendo força no Brasil. Nessa semana, o IBGE divulgou que o desemprego subiu para 6% em junho, chegando ao seu maior nível em 14 meses. O Brasil encerrou o primeiro semestre com a menor geração de empregos formais desde 2009 (auge da crise internacional) com 826 mil novas vagas.
Além disso, o rendimento da população caiu pela quarta vez seguida. De acordo com o IBGE, a inflação elevada afetou nos últimos meses o poder de compra do trabalhador. A confiança do consumidor chegou ao menor nível desde maio de 2009.
Apesar da alta da taxa de desemprego em junho, o ministro da Fazenda disse que não há risco de um ciclo de desemprego no Brasil.
Já na Espanha, o emprego parece, enfim, melhorar
No segundo trimestre, a taxa de desemprego da Espanha caiu pela primeira vez em dois anos. O governo local diz que o pior dos problemas econômicos do país passou. De acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas, uma temporada forte de turismo ajudou a taxa de desemprego a cair para 26,3% ante 27,2% no primeiro trimestre. O turismo responde por cerca de 10% do PIB espanhol. Apesar da melhora, o desemprego de longo prazo preocupa.
Cerca de metade dos quase 6 milhões de pessoas sem trabalho na Espanha não tem um emprego há mais de um ano.
O custo de vida em São Paulo, por sua vez, segue como antes
Pela terceira vez consecutiva, a cidade foi considerada a mais cara das Américas pelo estudo de Custo de Vida para expatriados elaborado pela Mercer. Apesar de manter a liderança, São Paulo caiu no ranking geral em relação a 2012, passando do 12º lugar geral em 2012 para o 19º nesse ano. A queda deve-se à desvalorização do real e a um recuo nos gastos com transportes.
A líder do ranking geral é Luanda, em Angola. Por lá, uma calça jeans custa cerca de 200 dólares e o aluguel de um apartamento de luxo de dois quartos, sem mobília, 6.500 dólares.
Dia dos pais promete menos
O pior resultado dos últimos três anos em um Dia dos Pais é esperado para esse ano pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). A expectativa é que as vendas aumentem 4% - ante 4,75%, em 2012; 6,86%, em 2011 e 10%, em 2010. A projeção considera expectativas de vendas a prazo do comércio brasileiro na semana entre os dias 3 e 8 de agosto.
Cortes no orçamento foram anunciados
O ministro da Fazenda já havia anunciado que cortes adicionais no Orçamento seriam necessários para assegurar o cumprimento da meta de superávit primário de 2,3% do PIB para este ano – originalmente a meta era de 3,1% do PIB. Em maio, o governo já havia anunciado um corte de 28 bilhões de reais. Agora o corte terá mais 10 bilhões de reais.
Para garantir o corte adicional, os órgãos públicos terão limites para despesas com diárias, passagens, material de consumo e energia elétrica, por exemplo. Serviços com tecnologia da informação, locação e aquisição de imóveis, veículos, máquinas e equipamentos também serão afetados.
Dilma veta fim de multa adicional do FGTS
Nessa semana, a presidente Dilma Rousseff vetou o Projeto de Lei Complementar 200, que acabava com a multa adicional de 10% do FGTS paga pelas empresas nos casos de demissões sem justa causa. A contribuição deixaria de ser cobrada a partir de 1.º de junho deste ano.
De acordo com o governo, se a proposta fosse sancionada, ela iria retirar 3 bilhões de reais anuais dos cofres da União. Entidades empresariais e sindicais reclamaram da decisão.
Inadimplência cai...
Após dois meses de estabilidade, os atrasos nos pagamentos acima de 90 dias atingiram o menor patamar desde julho de 2011. A inadimplência no mercado de crédito brasileiro no segmento de recursos livres ficou em 5,2% em junho.
... e a dívida pública registra o melhor nível de sua história
A dívida pública federal registrou, em junho, a melhor composição de sua história. É través da dívida pública que o governo pega recursos emprestado dos investidores para honrar compromissos – o governo se compromete a devolver os recursos com alguma correção.
O vencimento de 14,8 bilhões de reais em papéis vinculados a taxas flutuantes, como a Selic (taxa de juros básicos da economia), fez a dívida pública federal registrar em junho a melhor composição da história.
Na Zona do Euro, a dívida pública só foi reduzida pela Alemanha e Estônia
A Alemanha e a Estônia foram os únicos países da zona do euro que reduziram sua dívida pública no primeiro trimestre de 2013. A Alemanha reduziu sua dívida pública para 81,2% do PIB em três meses até março. No final de 2012, a dívida era 81,9% do PIB. A Estônia reduziu sua dívida de 10,1% do PIB para 10%, a menor proporção de dívida na Europa. O país adotou o euro em 2011.
São Paulo – A semana começou com o Ministro da Fazenda, Guido Mantega , diminuindo um pouco a projeção de crescimento da economia brasileira . Depois, o aguardado anúncio de corte no orçamento foi realizado.
No Brasil, os dados sobre desemprego não foram os melhores possíveis. Já na Espanha, onde o desemprego entre jovens chegou a atingir a metade deles, o número do segundo trimestre foi o melhor dos últimos dois anos.
Veja as principais notícias da economia da semana:
Projeções de crescimento vão mal...
A mídia estrangeira segue pegando no pé da economia brasileira. Nessa semana, o New York Times noticiou um velho conhecido dos brasileiros: os elevados preços de produtos como celulares e carros. E o Financial Times ironizou a projeção de crescimento da economia brasileira dada pelo Ministro da Fazenda, Guido Mantega, que, no começo da semana, diminuiu a projeção de crescimento entre 3% e 3,5% para algo entre 2,5% e 3%. A capa da revista Economist dessa semana fala, justamente, da desaceleração econômica dos BRICs. O Boletim Focus dessa semana indicou que o mercado espera um crescimento de 2,28%.
Estimativas indicam que o crescimento da economia no governo Dilma é o pior em 24 anos. Economistas projetam que o crescimento econômico anual no mandato de Dilma vai registrar uma média de 2,12% - a menor média durante uma presidência desde Fernando Collor.
A Cepal revisou suas projeções para o crescimento da América Latina e Caribe em 2013 para 3%. Para o Brasil, a projeção é de crescimento de 2,5% - expectativa que só supera as projeções de crescimento para a Venezuela e para El Salvador.
...E o desemprego já não está como antes
O mercado de trabalho vem perdendo força no Brasil. Nessa semana, o IBGE divulgou que o desemprego subiu para 6% em junho, chegando ao seu maior nível em 14 meses. O Brasil encerrou o primeiro semestre com a menor geração de empregos formais desde 2009 (auge da crise internacional) com 826 mil novas vagas.
Além disso, o rendimento da população caiu pela quarta vez seguida. De acordo com o IBGE, a inflação elevada afetou nos últimos meses o poder de compra do trabalhador. A confiança do consumidor chegou ao menor nível desde maio de 2009.
Apesar da alta da taxa de desemprego em junho, o ministro da Fazenda disse que não há risco de um ciclo de desemprego no Brasil.
Já na Espanha, o emprego parece, enfim, melhorar
No segundo trimestre, a taxa de desemprego da Espanha caiu pela primeira vez em dois anos. O governo local diz que o pior dos problemas econômicos do país passou. De acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas, uma temporada forte de turismo ajudou a taxa de desemprego a cair para 26,3% ante 27,2% no primeiro trimestre. O turismo responde por cerca de 10% do PIB espanhol. Apesar da melhora, o desemprego de longo prazo preocupa.
Cerca de metade dos quase 6 milhões de pessoas sem trabalho na Espanha não tem um emprego há mais de um ano.
O custo de vida em São Paulo, por sua vez, segue como antes
Pela terceira vez consecutiva, a cidade foi considerada a mais cara das Américas pelo estudo de Custo de Vida para expatriados elaborado pela Mercer. Apesar de manter a liderança, São Paulo caiu no ranking geral em relação a 2012, passando do 12º lugar geral em 2012 para o 19º nesse ano. A queda deve-se à desvalorização do real e a um recuo nos gastos com transportes.
A líder do ranking geral é Luanda, em Angola. Por lá, uma calça jeans custa cerca de 200 dólares e o aluguel de um apartamento de luxo de dois quartos, sem mobília, 6.500 dólares.
Dia dos pais promete menos
O pior resultado dos últimos três anos em um Dia dos Pais é esperado para esse ano pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). A expectativa é que as vendas aumentem 4% - ante 4,75%, em 2012; 6,86%, em 2011 e 10%, em 2010. A projeção considera expectativas de vendas a prazo do comércio brasileiro na semana entre os dias 3 e 8 de agosto.
Cortes no orçamento foram anunciados
O ministro da Fazenda já havia anunciado que cortes adicionais no Orçamento seriam necessários para assegurar o cumprimento da meta de superávit primário de 2,3% do PIB para este ano – originalmente a meta era de 3,1% do PIB. Em maio, o governo já havia anunciado um corte de 28 bilhões de reais. Agora o corte terá mais 10 bilhões de reais.
Para garantir o corte adicional, os órgãos públicos terão limites para despesas com diárias, passagens, material de consumo e energia elétrica, por exemplo. Serviços com tecnologia da informação, locação e aquisição de imóveis, veículos, máquinas e equipamentos também serão afetados.
Dilma veta fim de multa adicional do FGTS
Nessa semana, a presidente Dilma Rousseff vetou o Projeto de Lei Complementar 200, que acabava com a multa adicional de 10% do FGTS paga pelas empresas nos casos de demissões sem justa causa. A contribuição deixaria de ser cobrada a partir de 1.º de junho deste ano.
De acordo com o governo, se a proposta fosse sancionada, ela iria retirar 3 bilhões de reais anuais dos cofres da União. Entidades empresariais e sindicais reclamaram da decisão.
Inadimplência cai...
Após dois meses de estabilidade, os atrasos nos pagamentos acima de 90 dias atingiram o menor patamar desde julho de 2011. A inadimplência no mercado de crédito brasileiro no segmento de recursos livres ficou em 5,2% em junho.
... e a dívida pública registra o melhor nível de sua história
A dívida pública federal registrou, em junho, a melhor composição de sua história. É través da dívida pública que o governo pega recursos emprestado dos investidores para honrar compromissos – o governo se compromete a devolver os recursos com alguma correção.
O vencimento de 14,8 bilhões de reais em papéis vinculados a taxas flutuantes, como a Selic (taxa de juros básicos da economia), fez a dívida pública federal registrar em junho a melhor composição da história.
Na Zona do Euro, a dívida pública só foi reduzida pela Alemanha e Estônia
A Alemanha e a Estônia foram os únicos países da zona do euro que reduziram sua dívida pública no primeiro trimestre de 2013. A Alemanha reduziu sua dívida pública para 81,2% do PIB em três meses até março. No final de 2012, a dívida era 81,9% do PIB. A Estônia reduziu sua dívida de 10,1% do PIB para 10%, a menor proporção de dívida na Europa. O país adotou o euro em 2011.