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Arrecadação limita alcance da meta fiscal, diz analista

A avaliação é do economista Felipe Salto, da Tendências Consultoria Integrada, ao comentar o resultado divulgado nesta sexta-feira, 22, pela Receita Federal

Dinheiro: para economista, única coisa que pode amenizar situação fiscal deve ser a "contabilidade criativa" (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2014 às 15h57.

São Paulo - A arrecadação de impostos e contribuições federais de julho, que apresentou o pior desempenho para o mês desde 2010, ao somar R$ 98,816 bilhões, corrobora com a tendência de que a arrecadação será a maior restrição do governo para alcançar a meta fiscal do setor público deste ano, estabelecida em 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB).

A avaliação é do economista Felipe Salto, da Tendências Consultoria Integrada, ao comentar o resultado divulgado nesta sexta-feira, 22, pela Receita Federal.

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Na avaliação de Salto, o resultado acumulado de janeiro a julho, que somou R$ 677,40 bilhões (alta de apenas 0,01% em relação ao mesmo período de 2013), também indica que o superávit fiscal não ficará em campo positivo em 2014.

O economista destacou que os números divulgados hoje, que ficaram quase R$ 2 bilhões abaixo do que a consultoria esperava, ajudaram a confirmar que está correta a revisão feita pela empresa para meta fiscal deste ano de 1,5% para 0%.

Ele avaliou que, com a arrecadação caindo e as despesas do governo aumentando acima de 6% em termos reais, a única coisa que poderá ajudar a amenizar a situação fiscal do país deve ser a "velha estratégia" de usar a "contabilidade criativa".

"Pode até amenizar a situação, mas, do ponto de vista da qualidade, enterra ainda mais a possibilidade de que a política fiscal tenha alguma melhora. Isso porque dá a falsa impressão de que o resultado está melhorando, quando, na verdade, a situação está muito pior", afirmou.

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