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Arrecadação cai 1,16% e soma quase R$ 99 bi em março, diz Receita

Resultado veio pior que a expectativa de analistas, de arrecadação de 101 bilhões de reais esperados de acordo com pesquisa da Reuters

Arrecadação: resultado veio pior que a expectativa de analistas, de arrecadação de 101 bilhões de reais, segundo pesquisa Reuters (./Thinkstock)
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Reuters

Publicado em 26 de abril de 2017 às 09h58.

Última atualização em 26 de abril de 2017 às 10h25.

Brasília - A arrecadação do governo federal teve queda real de 1,16 por cento em março sobre igual mês do ano passado, a 98,994 bilhões de reais, informou a Receita Federal nesta quarta-feira, resultado mais fraco que o esperado e que interrompeu dois meses de alta.

Em pesquisa Reuters, a expectativa de analistas era de arrecadação de 101 bilhões de reais.

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A performance no mês ecoou o forte e duradouro impacto da recessão econômica sobre o recolhimento de tributos e contribuições no país. Sobre um ano antes, a arrecadação com Imposto de Renda Pessoa Jurídica/Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL) diminuiu 1,253 bilhão de reais, respondendo pelo maior impacto nominal em março, somando 14,658 bilhões de reais, com queda de 7,87% no período.

Também caíram a arrecadação com Imposto de Importação/IPI-Vinculado (-469 milhões de reais, ou -10,92 por cento), Cofins/PIS-Pasep (-460 milhões de reais, ou -2.16 por cento) e IOF, com arrecadação menor em 343 milhões de reais (-12,60 por cento).No primeiro trimestre do ano, a arrecadação teve alta de 0,08 por cento, já descontada a inflação, a 328,744 bilhões de reais.

O dado positivo, contudo, só foi obtido por conta do salto de 47,75 por cento nas receitas administradas por outros órgãos, linha que vem sendo beneficiada pelo aumento da arrecadação com royalties do petróleo, com alta nos preços da commodity.

Considerando apenas as receitas administradas pela Receita Federal, a performance no acumulado de janeiro a março teve retração real de 0,81 por cento.

Tendo a continuidade do cenário de fracas receitas como justificativa, o governo piorou expressivamente a meta de déficit primário para o governo central (governo federal, Banco Central e INSS) no ano que vem, a 129 bilhões de reais, marcando outro ano de grande rombo nas contas públicas. Para 2017, a meta é de déficit pior, de 139 bilhões de reais.

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