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Argentina se submete a nova avaliação do FMI à espera de US$10,87 bilhões

Com a crise que atingiu a Argentina há um ano, o governo adota políticas de ajuste sugeridas pelo FMI para conseguir empréstimo total de US$56 bilhões

Argentina: o governo enfrenta críticas pelo acordo feito com o FMI, que é extremamente impopular (Mario De Fina/Getty Images)
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AFP

Publicado em 5 de abril de 2019 às 12h14.

O cumprimento do plano econômico do governo do presidente argentino, Mauricio Macri , será apresentado nesta sexta-feira à sua terceira revisão pelo Fundo Monetário Internacional ( FMI ), que deve dar sua aprovação a um desembolso de 10,87 bilhões de dólares, o primeiro de 2019.

Com uma crise econômica que eclodiu há um ano e mergulhou o país em recessão, a Argentina negociou com o FMI um empréstimo de 56 bilhões de dólares, dos quais já recebeu 28 bilhões, em troca de alcançar o equilíbrio fiscal neste ano, entre outros objetivos.

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O acordo com o FMI é altamente impopular e duramente criticado - a pouco mais de seis meses das eleições presidenciais, em 27 de outubro.

Milhares de manifestantes foram às ruas para protestar contra as políticas de ajuste na quinta-feira. "O governo pede um empréstimo do FMI, mas nós morremos de fome", disse Julián Pérez, de 19 anos, à AFP durante as manifestações em Buenos Aires.

O déficit fiscal, indicado como a origem das distorções econômicas da Argentina, está sob controle. Em 2018 fechou em 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB), resultado melhor que a previsão de 2,7% acordada com o FMI. Em 2017, havia sido de 3,9% e, em 2015, de 6%.

Embora os dados do primeiro trimestre de 2019 ainda não estejam disponíveis, é dado como certo que este será um dos pontos a favor da Argentina.

"No primeiro trimestre, ficará evidente que o ajuste acordado está sendo cumprido", disse o economista Ramiro Castiñeira, da firma Econométrica, à AFP.

Um porta-voz do FMI também disse que "dados preliminares indicam que as metas serão atingidas".

Contudo, a Argentina continua a lutar para conter a inflação - uma das maiores do mundo - a desvalorização cambial e, consequentemente, a pobreza, que alcançou 32% da população em 2018.

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