Argentina: inflação de setembro chega a 3,5% — a mais baixa desde novembro de 2021
Em setembro, os preços ao consumidor cresceram 3,5%, desacelerando em relação aos 4,2% de agosto
Redação Exame
Publicado em 10 de outubro de 2024 às 16h29.
Última atualização em 10 de outubro de 2024 às 16h35.
O índice de preços ao consumidor (IPC) na Argentina ficou em 209% interanual em setembro, marcando sua quinta desaceleração consecutiva, informou nesta quinta-feira, 10, o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).
No nono mês do ano, os preços ao consumidor aumentaram 3,5% em comparação com agosto, o que representa uma desaceleração em relação à taxa mensal de 4,2% registrada no oitavo mês. Essa também é a inflação mais baixa registrada desde novembro de 2021 — e a mais baixa, por consequência, da era Milei. O acumulado nos primeiros nove meses do ano foi de 101,6%.
Em agosto, a inflação mensal no país foi de 4,2%. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta de preços foi de 236,7%. Desde janeiro deste ano, o índice soma 94,8%.
A inflação na Argentina, uma das mais altas do mundo, entrou em queda este ano após a posse do presidente Javier Milei, que adotou medidas duras, como cortar gastos públicos e desregulamentar vários setores da economia.
Habitação, água e combustíveis puxa inflação para cima em setembro
Segundo o Indec, os itens que mais registraram altas no mês foram habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (7,3%). Os aumentos de habitação estão relacionados aos novos preços de aluguel de imóveis, eletricidade, gás, outros combustíveis e fornecimento de água.
O resultado foi surpreendente para o governo. As expectativas anteriores para setembro estimavam um valor mais baixo que o de julho — abaixo de 4% — que já representaria o menor índice da administração de Javier Milei e o melhor resultado desde 2022.