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Após Natal fraco, consumidor deve voltar a comprar em 2007

Pesquisa indica maior intenção de compra no primeiro trimestre do ano, especialmente nos segmentos de linha branca e automóveis

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h01.

O consumidor paulistano pretende comprar mais no início de 2007, em comparação com o último trimestre e o Natal de 2006. A conclusão é do Programa de Administração do Varejo (Provar), com o estudo Expectativas de Consumo, conduzido em parceria com a Fundação Instituto de Administração (FIA) e o Canal Varejo.

O resultado da pesquisa mostra que o percentual de consumidores que não pretendem adquirir produtos duráveis e semiduráveis caiu de 63,2% para 54,8% no primeiro trimestre. No primeiro trimestre de 2006, esse percentual era de 37,2%. Na comparação trimestral, o volume de comércio aumentou 0,77% e tendo em conta o mesmo período do ano anterior, a variação é de 0,5% negativo.

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De acordo com o coordenador geral do Provar/FIA, Cláudio Felisoni de Ângelo, o aumento do endividamento retrai o consumo. "Os resultados continuam apontando para o problema da sobreposição e saturação dos meios de crediário e financiamento", afirma Ângelo. O pesquisador atenta também para o fato de que a queda discreta da taxa de juros no comércio, de 6,15% em dezembro de 2005, para 6,12% no fim do ano passado contribui para o endividamento. Para ele, esse panorama diluiu indicadores favoráveis ao consumo, como o aumento da renda e a queda do desemprego.

A intenção de utilização de crediário caiu em todos os segmentos pesquisados, exceto o de automóveis. Segundo Ângelo, isso reflete a dificuldade do consumidor em honrar suas dívidas. Na comparação por classe social, as classes C e D continuam a apresentar a maior expectativa de uso do crédito para as compras.

Segmentos

Dentre os segmentos de produtos pesquisados, a linha branca possui o maior potencial de compra (8,6%), seguido da informática (7,4%). O aumento das vendas da linha branca é normalmente esperado no princípio do ano, com as promoções pós-natalinas. Já na informática, acredita-se na influência, sobre os preços, dos auxílios concedidos pelo governo federal com a lei de inclusão digital e do câmbio, com o dólar valorizado.

O setor de automóveis tem apresentado alta contínua e progressiva da intenção de compra desde o terceiro trimestre. O aquecimento do setor pode ser comprovado pelos resultados da pesquisa da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), que aponta o mês de janeiro de 2007 como o melhor dos últimos 10 anos para o comércio automotivo. Para este ano, a organização espera que se superem os recordes de produção e vendas verificados em 1997.

Apresenta queda de expectativa de compra o segmento de telefonia e celular. De acordo com o coordenador de pesquisas da Provar/FIA, Luiz Paulo Fávero, o resultado reflete a maior maturidade do setor e as doações de aparelhos promovidas pelas operadoras para clientes de conta fixa.

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