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Apoio à economia é prioridade monetária, diz banco central chinês

Vice-presidente da instituição afirmou que a economia chinesa melhorou em março se comparada com fevereiro, quando o coronavírus paralisou o país

Yuan: (Bloomberg/Bloomberg)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de abril de 2020 às 06h39.

Última atualização em 3 de abril de 2020 às 06h40.

O banco central chinês fará do retorno ao trabalho e do apoio ao crescimento econômico prioridades da política monetária. Liu Guoqiang, vice-presidente do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês), disse nesta sexta-feira que reguladores irão guiar os bancos comerciais do país a abrirem mão de parte do lucro para apoiar a economia enquanto o banco central mantém ampla liquidez no sistema financeiro.

Ele alertou, no entanto, contra o corte das taxas de depósito de referência, já que reduzir taxas de empréstimo prejudicou a lucratividade dos bancos. Liu disse que cortes estão restritos pelo risco de alta na inflação ao consumidor e por uma possível desvalorização do yuan. Ele acrescentou que um corte precisaria ser avaliado com cuidado.

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O vice-presidente do PBoC disse que a política monetária vai ter como foco o retorno de toda a cadeia produtiva ao trabalho, já que a China teve bons resultados na contenção do vírus. Ele acrescentou que o país tem capacidade de compensar o choque da covid-19 na economia.

Liu afirmou que a economia chinesa melhorou em março se comparada com fevereiro, quando o coronavírus e medidas de controle do governo paralisaram o país. Economistas projetam que a China sofrerá sua primeira retração econômica nos três primeiros meses de 2020 comparados com o mesmo período do ano anterior.

Zhou Liang, vice-presidente da Comissão Reguladora Bancária da China, disse que o organismo vai orientar bancos para que cortem suas taxas de empréstimo para pequenos negócios na província de Hubei, o epicentro do surto, em um ponto porcentual este ano. O regulador também orientará bancos a conceder 800 bilhões de yuans em empréstimos a pequenas empresas.

O ministro assistente da Fazenda, Xu Hongcai, disse que Pequim deixará governos locais emitirem mais bônus para fins específicos, como bancar projetos de redes de comunicação 5G, educação vocacional, saúde pública e renovação de comunidades antigas. Ele acrescentou que o governo central irá proibir que receitas de bõnus para fins específicos sejam usadas para comprar terrenos.

O Conselho Estatal do país disse que publicará novas cotas para bônus de governos locais, que aumentará o déficit fiscal e que emitirá bônus especiais para combater os choques causados pelo coronavírus.

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