Alta dos preços ao produtor no Brasil acelera em dezembro
Índice de Preços ao Produtor (IPP), medido pela FGV, fechou 2016 com avanço de 1,71 por cento
Reuters
Publicado em 31 de janeiro de 2017 às 09h57.
São Paulo - O Índice de Preços ao Produtor (IPP) acelerou a alta em dezembro a 1,28 por cento, fechando 2016 com avanço de 1,71 por cento, puxados pelos preços de bens de consumo, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta terça-feira.
Em 2015, o IPP havia subido 0,42 por cento.
O IBGE explicou que, no ano passado, os bens de consumo avançaram 5,21 por cento e exerceram peso de 1,80 ponto percentual sobre o indicador.
Somente os bens de consumo semiduráveis e não duráveis tiveram alta de 5,69 por cento no ano passado, enquanto os duráveis apresentaram avanço de 3,65 por cento.
Por outro lado, bens de capital recuaram 0,41 por cento, enquanto os intermediários caíram 0,10 por cento.
Na comparação mensal, os preços de 18 das 24 atividades pesquisadas apresentaram alta de preços, contra 20 em novembro, quando o IPP subiu 0,80 por cento
Em dezembro, os preços dos bens intermediários aumentaram 1,92 por cento sobre o mês anterior, enquanto os bens de consumo subiram 0,60 por cento e os bens de capital, 0,05 por cento.
A inflação ao consumidor brasileiro terminou 2016 dentro da meta do governo diante da crise econômica vivida pelo país, com alta de 6,29 por cento.
O alívio na inflação ao consumidor abre espaço para o afrouxamento monetário que vem sendo promovido pelo Banco Central, em meio a expectativas de menor pressão sobre os preços neste ano.
O BC já reduziu a Selic em um total de 1,25 ponto percentual, para os atuais 13 por cento, e a expectativa é de novo corte de 0,75 ponto em fevereiro.