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"Alta dos investimentos é luz no fim do túnel”, diz Itaú

Economista-chefe do Itaú Unibanco destaca agropecuária e investimentos no PIB do primeiro trimestre, que será divulgado na próxima semana

“Gostaria de dar o beneficio da dúvida para os investimentos, porque saímos de um trimestre forte, os desembolsos do BNDES continuam fortes, mas vemos que a confiança ainda não pegou”, disse Goldfajn (Marie Hippenmeyer/Itaú Unibanco)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2013 às 15h14.

São Paulo – O Itaú Unibanco projeta um crescimento de 1,0% no PIB do primeiro trimestre em relação ao anterior. Nesse crescimento, o banco projeta que irão se destacar a agropecuária e os investimentos – que, não necessariamente, deverão repetir a performance nos próximos trimestres.

No primeiro trimestre, os investimentos devem crescer 5,5% em relação ao trimestre anterior, segundo as projeções do banco. A agropecuária deve crescer 6,8% - e contribuir com 0.5% no PIB do período. Para o PIB do segundo trimestre, o banco projeta crescimento de 0,7%.

Sobre o crescimento da agropecuária, Aurélio Bicalho, da equipe econômica do Itaú Unibanco, citou o crescimento forte da safra agrícola nesse ano. “Tem uma contribuição bem relevante da agropecuária no PIB nesse primeiro trimestre, provavelmente nos trimestres seguintes ela não vai contribuir tanto. Para a economia repetir essa taxa de crescimento, o PIB de indústria ou serviços precisa acelerar”, afirmou Bicalho.

Já quanto aos investimentos, a dúvida é se isso terá continuidade, segundo Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco. “Se o Brasil crescer com viés de investimento, isso torna o crescimento sustentável por mais tempo”, afirmou o economista-chefe. Entre os sinais de como o investimento poderá se comportar ao longo do ano, Goldfajn citou os desembolsos do BNDES, que continuam fortes. “Na nossa previsão, vemos uma melhora, mas não no mesmo ritmo observado no primeiro trimestre”, disse.

“Gostaria de dar o beneficio da dúvida para os investimentos, porque saímos de um trimestre forte, os desembolsos do BNDES continuam fortes, mas vemos que a confiança ainda não pegou”, disse Goldfajn.

O banco projeta que, em 2013, a taxa de investimento/proporção do PIB será de 18,3% ou 18,4%. Para o ano, a projeção para a formação bruta de capital fixo é de 3,5%, com viés de alta. “O investimento crescer é nossa luz no fim do túnel”, disse Goldfajn.


Copom

O Itaú Unibanco projeta que a taxa básica de juros será elevada de 7,50% ao ano para 8,00% na reunião do Comitê de Política Monetária que será realizada na próxima semana – e encerrará o ano em 8,75%, segundo a projeção do banco. Na semana passada, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que o Banco Central está vigilante e fará o que for necessário, "com a devida tempestividade", para que o declínio da inflação persista no segundo semestre.

Cenário internacional

O Itaú Unibanco vê um período de desaceleração temporário. A projeção no cenário internacional é de crescimento moderado, com expectativa de crescimento dos EUA em 2013 de 1,8% e de 2,4% em 2014. Para a Zona do Euro, no entanto, a expectativa é de queda de 0,7% em 2013 e de crescimento de 0,7% em 2014.

Temos uma crise na Europa em que ainda não se conseguiu voltar ao nível de produção de antes da crise, segundo o economista-chefe. “EUA está conseguindo crescer um pouco mais porque quando você olha a dívida privada, ela é muito menor do que a europeia”, afirmou Goldfajn. “O setor privado nos EUA está com pouca dívida e pronto para voar e começar a crescer”, afirmou. Segundo o economista, a produção industrial na China vem se desacelerando, mas o nível em que estacionou é razoável.

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São Paulo – O Itaú Unibanco projeta um crescimento de 1,0% no PIB do primeiro trimestre em relação ao anterior. Nesse crescimento, o banco projeta que irão se destacar a agropecuária e os investimentos – que, não necessariamente, deverão repetir a performance nos próximos trimestres.

No primeiro trimestre, os investimentos devem crescer 5,5% em relação ao trimestre anterior, segundo as projeções do banco. A agropecuária deve crescer 6,8% - e contribuir com 0.5% no PIB do período. Para o PIB do segundo trimestre, o banco projeta crescimento de 0,7%.

Sobre o crescimento da agropecuária, Aurélio Bicalho, da equipe econômica do Itaú Unibanco, citou o crescimento forte da safra agrícola nesse ano. “Tem uma contribuição bem relevante da agropecuária no PIB nesse primeiro trimestre, provavelmente nos trimestres seguintes ela não vai contribuir tanto. Para a economia repetir essa taxa de crescimento, o PIB de indústria ou serviços precisa acelerar”, afirmou Bicalho.

Já quanto aos investimentos, a dúvida é se isso terá continuidade, segundo Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco. “Se o Brasil crescer com viés de investimento, isso torna o crescimento sustentável por mais tempo”, afirmou o economista-chefe. Entre os sinais de como o investimento poderá se comportar ao longo do ano, Goldfajn citou os desembolsos do BNDES, que continuam fortes. “Na nossa previsão, vemos uma melhora, mas não no mesmo ritmo observado no primeiro trimestre”, disse.

“Gostaria de dar o beneficio da dúvida para os investimentos, porque saímos de um trimestre forte, os desembolsos do BNDES continuam fortes, mas vemos que a confiança ainda não pegou”, disse Goldfajn.

O banco projeta que, em 2013, a taxa de investimento/proporção do PIB será de 18,3% ou 18,4%. Para o ano, a projeção para a formação bruta de capital fixo é de 3,5%, com viés de alta. “O investimento crescer é nossa luz no fim do túnel”, disse Goldfajn.


Copom

O Itaú Unibanco projeta que a taxa básica de juros será elevada de 7,50% ao ano para 8,00% na reunião do Comitê de Política Monetária que será realizada na próxima semana – e encerrará o ano em 8,75%, segundo a projeção do banco. Na semana passada, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que o Banco Central está vigilante e fará o que for necessário, "com a devida tempestividade", para que o declínio da inflação persista no segundo semestre.

Cenário internacional

O Itaú Unibanco vê um período de desaceleração temporário. A projeção no cenário internacional é de crescimento moderado, com expectativa de crescimento dos EUA em 2013 de 1,8% e de 2,4% em 2014. Para a Zona do Euro, no entanto, a expectativa é de queda de 0,7% em 2013 e de crescimento de 0,7% em 2014.

Temos uma crise na Europa em que ainda não se conseguiu voltar ao nível de produção de antes da crise, segundo o economista-chefe. “EUA está conseguindo crescer um pouco mais porque quando você olha a dívida privada, ela é muito menor do que a europeia”, afirmou Goldfajn. “O setor privado nos EUA está com pouca dívida e pronto para voar e começar a crescer”, afirmou. Segundo o economista, a produção industrial na China vem se desacelerando, mas o nível em que estacionou é razoável.

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