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Alívio na conta de luz não deve conter estouro da inflação

A redução da tarifa de energia elétrica deve aliviar a inflação em abril, mas não impedirá o estouro da meta prevista para 2016.

Conta de luz - energia elétrica (Marcos Santos/USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2016 às 11h34.

São Paulo - A redução de 6% a 6,5% estimada pelo governo para a conta de luz em abril, quando deixará de vigorar a cobrança extra na tarifa de energia elétrica, deverá trazer alívio à inflação oficial no mês, segundo analistas consultados pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, que estão refazendo suas estimativas para a inflação de abril. No entanto, para 2016, as previsões de IPCA continuam acima do teto da meta, de 6,5%.

Para o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa , a atual projeção de inflação do governo, de 7,1%, pode ser reduzida. "O ministro de Minas e Energia colocou um dado importante, que é a expectativa de mudança da bandeira tarifária com redução de preços a partir de abril", disse Barbosa, durante o primeiro dia do encontro financeiro das 20 maiores economias do mundo, o G-20.

Com o fim da cobrança, o sistema tarifário terá cor verde a partir do dia 1º de abril. O fim da cobrança extra na conta de luz será possível porque o governo decidiu desligar mais 15 usinas térmicas no início de março. Sem esses empreendimentos, será possível poupar cerca de R$ 8 bilhões por ano.

A LCA Consultores reduziu a estimativa para o IPCA de abril em 0,10 ponto porcentual, de 0,78% para 0,68%, após a decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). "Nosso cenário previa bandeira verde apenas em junho", disse o economista Fábio Romão. "Houve apenas um deslocamento do impacto negativo sobre a inflação, uma antecipação de junho para abril", ponderou. Para 2016, a projeção permanece em 7,4%.

O economista Leonardo França Costa, da Rosenberg Associados, esperava a mudança na cor da bandeira somente em maio. Com isso, a consultoria alterou a expectativa para o IPCA de abril de 0,79% para 0,69%, mas a previsão para o mês de maio segue em 0,58%. O mesmo acontece com a projeção para o IPCA de 2016, que continua em 8%. "Por enquanto não muda. Só houve uma antecipação. Apenas mudou o mês", ressaltou França Costa.

Já a Votorantim Corretora calcula uma contribuição negativa de 0,20 ponto porcentual no IPCA no mês de abril, com a previsão saindo de alta de 0,75% para 0,55%. A projeção para o índice de maio caiu para cerca de 0,50%, ante previsão anterior em torno de 0,70%. Como a mudança já era esperada em algum momento do ano, a expectativa de IPCA em 7% no fim de 2016 não foi alterada. "É um alívio que desaparece rápido", disse o economista Carlos Lopes.

A Tendências Consultoria não contava com a adoção da bandeira verde em nenhum momento de 2016. "Deve dar alívio importante, na faixa de 0,16 ponto porcentual", estimou o economista Marcio Milan, sobre o resultado de abril.

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São Paulo - A redução de 6% a 6,5% estimada pelo governo para a conta de luz em abril, quando deixará de vigorar a cobrança extra na tarifa de energia elétrica, deverá trazer alívio à inflação oficial no mês, segundo analistas consultados pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, que estão refazendo suas estimativas para a inflação de abril. No entanto, para 2016, as previsões de IPCA continuam acima do teto da meta, de 6,5%.

Para o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa , a atual projeção de inflação do governo, de 7,1%, pode ser reduzida. "O ministro de Minas e Energia colocou um dado importante, que é a expectativa de mudança da bandeira tarifária com redução de preços a partir de abril", disse Barbosa, durante o primeiro dia do encontro financeiro das 20 maiores economias do mundo, o G-20.

Com o fim da cobrança, o sistema tarifário terá cor verde a partir do dia 1º de abril. O fim da cobrança extra na conta de luz será possível porque o governo decidiu desligar mais 15 usinas térmicas no início de março. Sem esses empreendimentos, será possível poupar cerca de R$ 8 bilhões por ano.

A LCA Consultores reduziu a estimativa para o IPCA de abril em 0,10 ponto porcentual, de 0,78% para 0,68%, após a decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). "Nosso cenário previa bandeira verde apenas em junho", disse o economista Fábio Romão. "Houve apenas um deslocamento do impacto negativo sobre a inflação, uma antecipação de junho para abril", ponderou. Para 2016, a projeção permanece em 7,4%.

O economista Leonardo França Costa, da Rosenberg Associados, esperava a mudança na cor da bandeira somente em maio. Com isso, a consultoria alterou a expectativa para o IPCA de abril de 0,79% para 0,69%, mas a previsão para o mês de maio segue em 0,58%. O mesmo acontece com a projeção para o IPCA de 2016, que continua em 8%. "Por enquanto não muda. Só houve uma antecipação. Apenas mudou o mês", ressaltou França Costa.

Já a Votorantim Corretora calcula uma contribuição negativa de 0,20 ponto porcentual no IPCA no mês de abril, com a previsão saindo de alta de 0,75% para 0,55%. A projeção para o índice de maio caiu para cerca de 0,50%, ante previsão anterior em torno de 0,70%. Como a mudança já era esperada em algum momento do ano, a expectativa de IPCA em 7% no fim de 2016 não foi alterada. "É um alívio que desaparece rápido", disse o economista Carlos Lopes.

A Tendências Consultoria não contava com a adoção da bandeira verde em nenhum momento de 2016. "Deve dar alívio importante, na faixa de 0,16 ponto porcentual", estimou o economista Marcio Milan, sobre o resultado de abril.

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