Economia

Alemanha reduz previsão do PIB de 2019 pela segunda vez em três meses

O governo da Alemanha espera que um crescimento de 0,5% em 2019, por conta da recessão na indústria e fraca demanda do exterior

Alemanha: o governo previa em janeiro um crescimento de 1% (Jan Woitas/Getty Images)

Alemanha: o governo previa em janeiro um crescimento de 1% (Jan Woitas/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 17 de abril de 2019 às 10h37.

Berlim — O governo alemão cortou sua previsão para o crescimento econômico de 2019 pela segunda vez em três meses nesta quarta-feira, refletindo uma desaceleração cada vez maior causada por uma recessão na indústria.

Os exportadores alemães estão lutando contra uma demanda mais fraca do exterior, as tensões comerciais desencadeadas pelas políticas "América Primeiro", do presidente norte-americano, Donald Trump, e pela incerteza empresarial causada pela planejada saída do Reino Unido da União Europeia.

O ambiente comercial difícil significa que a forte demanda doméstica da Alemanha, ajudada pelo emprego recorde, pelos aumentos das remunerações e pelos baixos custos de empréstimos, deverá ser o principal fator de crescimento neste ano e no próximo.

O governo agora espera que o Produto Interno Bruto cresça 0,5 por cento este ano, disse o ministro da Economia, Peter Altmaier, a repórteres. Para 2020, o governo agora prevê uma recuperação impulsionada pelo consumo, com expansão econômica de 1,5 por cento.

Em janeiro, o governo reduziu a previsão para um crescimento de 1,0 por cento, ante 1,8 por cento anteriormente.

Altmaier disse que a desaceleração da economia mundial, as disputas comerciais e a incerteza do Brexit estavam pesando sobre a economia alemã. Fatores domésticos incluem a introdução de novos regulamentos de emissões de automóveis e níveis de água do Reno incomumente baixos, que levaram a problemas de oferta e produção.

O crescimento de importações deve superar o crescimento das exportações tanto em 2019 quanto em 2020, o que pode reduzir ainda mais o grande superávit comercial.

"O superávit em conta corrente continuará a encolher continuamente e cairá para 6,4 por cento (do PIB) em 2020", disse o ministro da economia em sua previsão.

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