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Alckmin: não há bala de prata para reduzir custo Brasil; é fazer lição todo dia

Declaração do vice-presidente ocorreu em evento com empresários das indústrias de São Paulo nesta segunda-feira

Alckmin: vice-presidente também atua como ministro da Indústria, Comércio e Serviços (Diogo Zacarias/ Palácio do Planalto/Flickr)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 19 de fevereiro de 2024 às 13h56.

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin , disse nesta segunda-feira, 19, a empresários da indústria paulista que não há bala de prata para resolver os problemas de competitividade do setor.

"O Brasil ficou caro antes de ficar rico. É um País caro, e é caro para exportar, tem dificuldade para exportar, a não ser produto primário. Tem que reduzir custo Brasil, melhorar a produtividade e competitividade. Não tem bala de prata. É fazer a lição todo dia: reforma trabalhista, tributária, previdenciária, administrativa", elencou Alckmin durante participação na reunião de conselhos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo ( Fiesp ).

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Ao apontar a sustentabilidade das contas públicas como caminho para o Brasil derrubar os juros, o vice-presidente e ministro defendeu que soluções antigas, como taxas subsidiadas a algumas empresas do setor pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), não podem mais ser adotadas.

"A questão do custo de capital é central, seu pai tinha razão", disse Alckmin ao presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, filho de José Alencar, vice dos dois primeiros mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que, no exercício do cargo, foi um grande crítico dos juros altos cobrados no Brasil.

Alckmin frisou que, com os juros altos, empresas endividadas podem quebrar, enquanto as demais, que precisam de crédito, enfrentam dificuldades e mostram maior cautela para assumir financiamentos.

O vice-presidente não ignorou, no entanto, a importância de o País combater a inflação, que, pontuou, "não é neutra socialmente". "Castiga os mais pobres", disse Alckmin.

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