Alckmin descarta risco de faltar energia no Brasil, mas reconhece maior seca desde 1950
Vice-presidente afirmou que países dos trópicos vão sofrer as maiores consequências do aquecimento global
Agência de notícias
Publicado em 5 de setembro de 2024 às 16h24.
Última atualização em 5 de setembro de 2024 às 16h43.
O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou nesta quinta-feira que o Brasil não corre o risco de falta de energia apesar de enfrentar a pior seca desde a década de 1950.
Questionado sobre a queda no nível dos reservatórios de usinas hidrelétricas, Alckmin observou que o Operador Nacional do Sistema Elétrico ( ONS ) acionou usinas termelétricas para evitar uma crise energética.
"Acredito que o que disse a ONS é que, coloca as térmicas também para operarem, mas que não há risco de falta de energia", afirmou.
O vice-presidente, no entanto, reconheceu que o país vive a sua pior seca desde 1950. No Brasil, as usinas hidrelétricas, que têm seu desempenho atrelado ao nível de chuvas, são responsáveis por mais de 60% da produção de energia elétrica.
"É a maior seca desde a década de 1950, se você pegar os gráficos é a maior seca", ressaltou Alckmin.
Diante do período de seca, a Agência Nacional de Energia Elétrica ( Aneel ) anunciou na sexta-feira passada a bandeira tarifária de energia elétrica em setembro seria a vermelha patamar 2, o maior da escala da agência.
Nesta quarta-feira, a agência voltou atrás na decisão para a bandeira tarifária nas contas de luz de setembro. No lugar de bandeira vermelha 2, foi acionada a bandeira vermelha 1. Dessa forma, o aumento nas contas de luz dos brasileiros neste mês será menor.
A mudança foi causada por uma "correção" de informações do Programa Mensal de Operação (PMO), de responsabilidade do Operador Nacional do Sistema ( ONS ).