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AL recebe mais fluxos de capital que outros emergentes

Apesar da queda nos fluxos líquidos de capital privado para os países emergentes, verba se manteve estável para a região

A América latina deve receber US$ 250 bilhões em 2012, segundo o IIF (Mark Wilson/Getty images)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2012 às 15h08.

Zurique - Os fluxos líquidos de capital privado para os mercados emergentes caíram 25% principalmente pela crise na Eurozona em 2011, mas a América Latina se manteve sólida e o nível de capitais que chegaram à região se manteve estável nos US$ 260 bilhões.

Contrastando com a perspectiva negativa para o resto dos mercados emergentes, o Instituto Internacional de Finanças (IIF) previu nesta terça-feira que as entradas de capital privado às economias latino-americanas diminuirão muito ligeiramente este ano e se situará em torno dos US$ 250 bilhões.

O IFF, que representa 450 bancos e estabelecimentos financeiros, apresentou um relatório no qual detalha que as entradas de capital de origem privada às economias emergentes totalizarão US$ 746 bilhões em 2012, frente aos US$ 910 bilhões do ano passado.

Em 2011, a desaceleração desses fluxos foi particularmente significativa durante a segunda metade do ano, coincidindo com o agravamento da crise da dívida soberana na zona do euro e sua repercussão na economia internacional.

Apenas caso a Europa volte a indicar o bom rumo, o IFF prevê uma recuperação relativa de entrada de capitais privados nas economias emergentes, que nesse caso poderiam voltar a alcançar os US$ 900 bilhões.

Neste panorama bem mais sombrio, a América Latina surge como a região mais promissora, na frente dos países emergentes da Ásia, incluindo a China e a Índia.

'A América Latina está caminhando com uma força destacável', disse na entrevista coletiva de apresentação do relatório do IFF seu diretor-executivo adjunto e chefe da equipe de economistas, Philip Suttle.

Ele afirmou que as taxas de juros médias na região favorecem - ao serem relativamente elevadas - os fluxos de capital.


'A história latino-americana está cheia de elementos positivos', acrescentou Suttle, que destacou que os investimentos procedentes de outras regiões emergentes, particularmente da China, explicam em grande parte esta evolução.

Nesse sentido, ele destacou 'o papel crescente dos fluxos de investimento Sul-Sul'.

Em outro aspecto, o relatório do IFF afirma que a acumulação de reservas internacionais se desacelerará por parte dos países latino-americanos na medida em que aumentarão os déficits em suas contas correntes e que os investidores retiram os riscos neste momento.

As reservas da América Latina aumentaram mais de US$ 100 bilhões em 2011, e segundo os analistas do IFF, devem aumentar cerca de US$ 25 bilhões este ano.

O relatório da instituição oferece uma previsão muito menos positiva para a zona emergente da Ásia, onde os fluxos de capital privado diminuíram durante os dois últimos anos.

Assim, de US$ 490 bilhões em 2010, essas entradas diminuíram até US$ 370 bilhões no ano seguinte, e este ano está previsto que continuem caindo para até os US$ 290 bilhões.

Além disso, a cota da Ásia como receptor de fluxos de capital privado cairá de 59% - recorde alcançado em 2009 - a 40% neste ano.

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Zurique - Os fluxos líquidos de capital privado para os mercados emergentes caíram 25% principalmente pela crise na Eurozona em 2011, mas a América Latina se manteve sólida e o nível de capitais que chegaram à região se manteve estável nos US$ 260 bilhões.

Contrastando com a perspectiva negativa para o resto dos mercados emergentes, o Instituto Internacional de Finanças (IIF) previu nesta terça-feira que as entradas de capital privado às economias latino-americanas diminuirão muito ligeiramente este ano e se situará em torno dos US$ 250 bilhões.

O IFF, que representa 450 bancos e estabelecimentos financeiros, apresentou um relatório no qual detalha que as entradas de capital de origem privada às economias emergentes totalizarão US$ 746 bilhões em 2012, frente aos US$ 910 bilhões do ano passado.

Em 2011, a desaceleração desses fluxos foi particularmente significativa durante a segunda metade do ano, coincidindo com o agravamento da crise da dívida soberana na zona do euro e sua repercussão na economia internacional.

Apenas caso a Europa volte a indicar o bom rumo, o IFF prevê uma recuperação relativa de entrada de capitais privados nas economias emergentes, que nesse caso poderiam voltar a alcançar os US$ 900 bilhões.

Neste panorama bem mais sombrio, a América Latina surge como a região mais promissora, na frente dos países emergentes da Ásia, incluindo a China e a Índia.

'A América Latina está caminhando com uma força destacável', disse na entrevista coletiva de apresentação do relatório do IFF seu diretor-executivo adjunto e chefe da equipe de economistas, Philip Suttle.

Ele afirmou que as taxas de juros médias na região favorecem - ao serem relativamente elevadas - os fluxos de capital.


'A história latino-americana está cheia de elementos positivos', acrescentou Suttle, que destacou que os investimentos procedentes de outras regiões emergentes, particularmente da China, explicam em grande parte esta evolução.

Nesse sentido, ele destacou 'o papel crescente dos fluxos de investimento Sul-Sul'.

Em outro aspecto, o relatório do IFF afirma que a acumulação de reservas internacionais se desacelerará por parte dos países latino-americanos na medida em que aumentarão os déficits em suas contas correntes e que os investidores retiram os riscos neste momento.

As reservas da América Latina aumentaram mais de US$ 100 bilhões em 2011, e segundo os analistas do IFF, devem aumentar cerca de US$ 25 bilhões este ano.

O relatório da instituição oferece uma previsão muito menos positiva para a zona emergente da Ásia, onde os fluxos de capital privado diminuíram durante os dois últimos anos.

Assim, de US$ 490 bilhões em 2010, essas entradas diminuíram até US$ 370 bilhões no ano seguinte, e este ano está previsto que continuem caindo para até os US$ 290 bilhões.

Além disso, a cota da Ásia como receptor de fluxos de capital privado cairá de 59% - recorde alcançado em 2009 - a 40% neste ano.

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