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Acordo têxtil com a China não é o ideal, mas é bem-vindo, diz Abit

Para a associação, até 2008, quando o acordo perderá sua validade, governo precisa acelerar reformas para melhorar competitividade das empresas brasileiras

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h02.

Apesar de não o considerar perfeito, o acordo têxtil fechado com a China foi bem recebido pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). "O acordo não foi o ideal, mas consideramos positivo, já que atendeu oito categorias de produtos que sofreram fortemente com as importações chinesas no último ano", afirmou Fernando Pimentel, diretor-superintendente da Abit em nota oficial.

O acordo envolve 70 produtos, agrupados em oito categorias: tecidos de seda; filamento de poliéster texturizado; tecidos sintéticos; veludo; camisas de malha; suéteres; jaquetas; e bordados. No total, esses artigos representam cerca de 60% das importações brasileiras de têxteis da China. Segundo Pimentel, outro ponto positivo é que o texto não descarta a possibilidade de uso de salvaguardas, a qualquer momento, para compensar os produtos não contemplados na lista.

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Agora, a Abit espera que o governo tome duas atitudes. A primeira é sancionar rapidamente o acordo, para que não haja um pico de importações antes que passe a vigorar. A previsão é que os dois países assinem o texto final em 30 dias. A segunda expectativa é que o governo acelere as reformas para conferir maior competitividade à indústria têxtil do Brasil, a fim de que as empresas tenham plena condição de competir com os chineses quando o acordo expirar, em 2008. Entre as reformas, estão a redução da carga tributária, mais incentivos à política industrial, melhorias na infra-estrutura do país e a queda dos juros.

"Nossas empresas são competitivas, mas é preciso remover os entraves que roubam nossa competitividade", afirmou Pimentel, na nota divulgada pela Abit. O acordo foi fechado em Pequim, nesta quinta-feira (9/2), por representantes dos dois países. Foram determinadas cotas de importação para cada produto, crescentes de ano para ano.

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