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Acordo da Argentina com o FMI é impossível de cumprir, diz Fernández

Para Fernández, Macri precisa renegociar com a instituição adiamentos dos pagamentos previstos para os próximos anos

Alberto-Fernández (Agustin Marcarian/Reuters)

Vanessa Barbosa

Publicado em 18 de agosto de 2019 às 16h54.

O candidato vencedor das eleições presidenciais primárias da Argentina , Alberto Fernández, declarou que o acordo firmado pelo governo do atual presidente do país, Maurício Macri, para pagamento de dívidas junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI), é "impossível de cumprir".

Para Fernández, Macri precisa renegociar com a instituição adiamentos dos pagamentos previstos para os próximos anos. "É a única solução", disse, em entrevista ao jornal La Nación. Em 2018, o governo local tomou empréstimo de US$ 57 bilhões do FMI.

Já em uma tentativa de aliviar as tensões com o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, o candidato kirchnerista buscou tranquilizar o mandatário brasileiro em relação a políticas econômicas de sua eventual administração. "Para mim, o Mercosul é um lugar central. E o Brasil é o nosso principal parceiro e vai continuar a ser. Se Bolsonaro pensa que vou fechar a economia, que fique tranquilo, porque não vou. É uma discussão tonta", declarou.

Apesar de dizer que não se opõe ao Mercosul, Fernández ponderou que acordos comerciais devem considerar os interesses nacionais. "Meu problema não é que a economia se abra. Meu problema é que essa abertura cause danos aos argentinos", afirmou o candidato à presidência argentina.

Alberto Fernández ainda disse que, em uma eventual administração aplicará política cambial de "flutuação administrada" do dólar - e repetiu que a atual cotação do dólar é "adequada".

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