Acordo comercial entre EUA e China não é iminente, diz embaixador
Terry Branstad afirma que não há sequer preparativos para encontro entre Donald Trump e Xi Jinping; norte-americano diz estar confiante
Estadão Conteúdo
Publicado em 8 de março de 2019 às 06h19.
Última atualização em 8 de março de 2019 às 12h34.
Pequim - Estados Unidos e China ainda não marcaram uma data para uma reunião de cúpula entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping para resolver a atual disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo, uma vez que nenhum dos lados acredita que um acordo seja iminente, afirmou hoje o embaixador americano para a China, Terry Branstad.
Em entrevista ao Wall Street Journal, Branstad disse que sequer há preparativos para um encontro entre Trump e Xi. Nos últimos dias, haviam surgido relatos de que os dois se encontrariam na residência de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida (EUA), possivelmente no fim deste mês.
Segundo Branstad, negociadores dos dois países precisam reduzir ainda mais a diferença entre suas posições, inclusive no que diz respeito ao fechamento de um eventual acordo, antes que se iniciem preparativos para uma cúpula.
"Ambos os lados concordam que é preciso haver progresso significativo, o que envolveria um sentimento de que estão muito próximos (de algo) antes que isso aconteça", disse. "Ainda não chegamos lá. Mas estamos mais próximos do que nunca estivemos em muito tempo." O embaixador ressaltou, porém, que as negociações comerciais das últimas semanas foram "longas e difíceis".
Branstad também comentou que o caso da gigante de tecnologia chinesa Huawei, que ontem abriu um processo contra os EUA por estar proibida de vender equipamentos de telecomunicações para agências governamentais do país, é "separado" das discussões comerciais em curso. Fonte: Dow Jones Newswires.
Trump
Donald Trump afirmou que está confiante de que o país fechará um acordo com a China, mas acrescentou que acha que os EUA ficarão muito bem com ou sem acordo.
Mais cedo, o assessor comercial da Casa Branca Clete Willems afirmou que os dois países fizeram progresso nas negociações, mas que ainda existe muito para ser feito.