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'Abril vermelho' chega ao fim com 70 invasões

Relatório destaca a invasão de 14 sedes do Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra)

No balanço do mês, o MST menciona "70 ocupações de terras" (Veja)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de maio de 2011 às 10h41.

São Paulo - Em um cenário de crise, em que os números apontam o esvaziamento da sua luta por reforma agrária, o Movimento dos Sem-Terra (MST) proclamou o "abril vermelho" de 2011 como "uma das jornadas com mais ocupações desde 2004".

No balanço do mês, o MST menciona "70 ocupações de terras", numa operação que mobilizou 19 Estados.

O relatório destaca a invasão de 14 sedes do Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra), "além de fechamento de estradas, acampamentos nas capitais, debates com a sociedade, distribuição de alimentos sem agrotóxico e audiências públicas".

Em Brasília, o Incra diz que "não tem condições de confirmar" os números. Na prática, o recém-empossado presidente do instituto, Celso Lisboa de Lacerda, aguarda ainda uma orientação mais precisa da presidente Dilma Rousseff sobre como tratar as ações do movimento.

Estado por Estado, o MST relata invasões de fazendas - 36 na Bahia, 15 em Pernambuco e 6 em São Paulo, entre outras - e inclui entre seus êxitos contatos com políticos no Congresso e acampamentos em praças urbanas. Um deles, na quinta-feira, foi um protesto em Belo Horizonte que terminou em encontro com o governador Antonio Anastasia (PSDB).

O relatório não inclui os dissidentes paulistas do movimento, ligados a José Rainha Jr. - que, até o dia 20, promoveram 40 invasões de fazendas, segundo o próprio Instituto de Terras de São Paulo (Itesp).

Até sexta-feira, no entanto, apenas três áreas continuavam ocupadas. As ocupações, em sua maioria, foram rápidas e terminaram com a chegada da polícia.

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São Paulo - Em um cenário de crise, em que os números apontam o esvaziamento da sua luta por reforma agrária, o Movimento dos Sem-Terra (MST) proclamou o "abril vermelho" de 2011 como "uma das jornadas com mais ocupações desde 2004".

No balanço do mês, o MST menciona "70 ocupações de terras", numa operação que mobilizou 19 Estados.

O relatório destaca a invasão de 14 sedes do Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra), "além de fechamento de estradas, acampamentos nas capitais, debates com a sociedade, distribuição de alimentos sem agrotóxico e audiências públicas".

Em Brasília, o Incra diz que "não tem condições de confirmar" os números. Na prática, o recém-empossado presidente do instituto, Celso Lisboa de Lacerda, aguarda ainda uma orientação mais precisa da presidente Dilma Rousseff sobre como tratar as ações do movimento.

Estado por Estado, o MST relata invasões de fazendas - 36 na Bahia, 15 em Pernambuco e 6 em São Paulo, entre outras - e inclui entre seus êxitos contatos com políticos no Congresso e acampamentos em praças urbanas. Um deles, na quinta-feira, foi um protesto em Belo Horizonte que terminou em encontro com o governador Antonio Anastasia (PSDB).

O relatório não inclui os dissidentes paulistas do movimento, ligados a José Rainha Jr. - que, até o dia 20, promoveram 40 invasões de fazendas, segundo o próprio Instituto de Terras de São Paulo (Itesp).

Até sexta-feira, no entanto, apenas três áreas continuavam ocupadas. As ocupações, em sua maioria, foram rápidas e terminaram com a chegada da polícia.

O pano de fundo dessas jornadas, no entanto, é desanimador para as lideranças do MST. A militância, que já chegou a 400 mil agricultores, encolheu para 100 mil no ano passado, esvaziada pelo Bolsa-Família e pelo aumento dos empregos nas cidades. E, segundo levantamento da Comissão Pastoral da Terra (CPT), as 290 ocupações de 2009 caíram para 180 em 2010 - o menor índice da década. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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