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Consumo de gás natural cresceu 17,8% em 2013, diz Abegás

No ano passado, a demanda total por gás no país passou de 57,018 milhões de metros cúbicos por dia para 67,166 milhões de metros cúbicos

Termelétricas: os dados da Abegás mostram que o consumo médio de gás pelas termelétricas foi de 26,301 milhões de metros cúbicos em 2013 (Geraldo Falcão/Petrobras)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2014 às 16h35.

Rio - Impulsionada pelo consumo das termelétricas, as vendas de gás natural das distribuidoras estaduais cresceram 17,8% em 2013 na comparação com 2012, de acordo com os dados divulgados pela Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás).

No ano passado, a demanda total por gás no país passou de 57,018 milhões de metros cúbicos por dia para 67,166 milhões de metros cúbicos, refletindo o uso mais intenso de termelétricas ao longo do ano passado para garantir o suprimento de energia elétrica.

Os dados da Abegás mostram que o consumo médio de gás pelas termelétricas foi de 26,301 milhões de metros cúbicos em 2013, um crescimento de 64,55% em relação aos 15,984 milhões de metros cúbicos apurados em 2012.

A linha "outros", que inclui as usinas não faturadas pelas distribuidoras, mas que remuneram as companhias pelo uso do sistema de distribuição, também teve um significativo crescimento no período em questão, de 31,18%, passando de 2,012 milhões de metros cúbicos para 2,639 milhões de metros cúbicos.

Em 2013, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) precisou acionar todas as térmicas do sistema para evitar que o País enfrentasse um novo apagão.

Isso porque as chuvas mais fracas no fim de 2012 e no início do ano passado e o forte crescimento do consumo de energia pressionaram os reservatórios das hidrelétricas, que iniciaram 2013 nos níveis mais baixos dos últimos 10 anos, tanto no Sudeste quanto no Nordeste.

Com isso, o consumo térmico de gás foi bastante elevado no início de 2013, desacelerando ao longo do ano. O volume recorde foi apurado em maio de 2013, quando o setor elétrico demandou 30,695 milhões de metros cúbicos.


Desde então, o consumo veio gradualmente diminuindo, fechando em 23,461 milhões de metros cúbicos em dezembro passado. Ainda assim, é provável que a demanda térmica por gás natural continue elevada durante este ano.

Excluindo o consumo das termelétricas, o mercado de distribuição de gás no Brasil não teve um bom ano, exceto nos setores de pequenos volumes. A demanda industrial, por exemplo, teve leve recuo de 0,96%, passando de 28,415 milhões de m?/d para 28,143 milhões de metros cúbicos.

Outro segmento ligado ao industrial que teve queda foi o de cogeração, cujas vendas caíram 15,67%, de 2,923 milhões de metros cúbicos para 2,465 milhões de metros cúbicos. Apenas o uso do gás pela indústria para matéria-prima teve crescimento entre 2012 e 2013, de 2,06%, para 740,89 mil metros cúbicos.

As vendas para o setor automotivo recuaram 3,67%, de 5,319 milhões de metros cúbicos para 5,124 milhões de metros cúbicos. Em contrapartida, o consumo residencial de gás cresceu 9,19%, para 1,003 milhão de metros cúbicos, e o da classe comercial aumentou 4,04%, para 746,79 mil metros cúbicos.

Na visão da Abegás, o fraco desempenho do mercado não térmico revela a necessidade de incentivos para o setor de gás brasileiro, de modo que o insumo possa competir com os outros energéticos substitutos.

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Rio - Impulsionada pelo consumo das termelétricas, as vendas de gás natural das distribuidoras estaduais cresceram 17,8% em 2013 na comparação com 2012, de acordo com os dados divulgados pela Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás).

No ano passado, a demanda total por gás no país passou de 57,018 milhões de metros cúbicos por dia para 67,166 milhões de metros cúbicos, refletindo o uso mais intenso de termelétricas ao longo do ano passado para garantir o suprimento de energia elétrica.

Os dados da Abegás mostram que o consumo médio de gás pelas termelétricas foi de 26,301 milhões de metros cúbicos em 2013, um crescimento de 64,55% em relação aos 15,984 milhões de metros cúbicos apurados em 2012.

A linha "outros", que inclui as usinas não faturadas pelas distribuidoras, mas que remuneram as companhias pelo uso do sistema de distribuição, também teve um significativo crescimento no período em questão, de 31,18%, passando de 2,012 milhões de metros cúbicos para 2,639 milhões de metros cúbicos.

Em 2013, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) precisou acionar todas as térmicas do sistema para evitar que o País enfrentasse um novo apagão.

Isso porque as chuvas mais fracas no fim de 2012 e no início do ano passado e o forte crescimento do consumo de energia pressionaram os reservatórios das hidrelétricas, que iniciaram 2013 nos níveis mais baixos dos últimos 10 anos, tanto no Sudeste quanto no Nordeste.

Com isso, o consumo térmico de gás foi bastante elevado no início de 2013, desacelerando ao longo do ano. O volume recorde foi apurado em maio de 2013, quando o setor elétrico demandou 30,695 milhões de metros cúbicos.


Desde então, o consumo veio gradualmente diminuindo, fechando em 23,461 milhões de metros cúbicos em dezembro passado. Ainda assim, é provável que a demanda térmica por gás natural continue elevada durante este ano.

Excluindo o consumo das termelétricas, o mercado de distribuição de gás no Brasil não teve um bom ano, exceto nos setores de pequenos volumes. A demanda industrial, por exemplo, teve leve recuo de 0,96%, passando de 28,415 milhões de m?/d para 28,143 milhões de metros cúbicos.

Outro segmento ligado ao industrial que teve queda foi o de cogeração, cujas vendas caíram 15,67%, de 2,923 milhões de metros cúbicos para 2,465 milhões de metros cúbicos. Apenas o uso do gás pela indústria para matéria-prima teve crescimento entre 2012 e 2013, de 2,06%, para 740,89 mil metros cúbicos.

As vendas para o setor automotivo recuaram 3,67%, de 5,319 milhões de metros cúbicos para 5,124 milhões de metros cúbicos. Em contrapartida, o consumo residencial de gás cresceu 9,19%, para 1,003 milhão de metros cúbicos, e o da classe comercial aumentou 4,04%, para 746,79 mil metros cúbicos.

Na visão da Abegás, o fraco desempenho do mercado não térmico revela a necessidade de incentivos para o setor de gás brasileiro, de modo que o insumo possa competir com os outros energéticos substitutos.

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