Saúde e inteligência emocional caminham juntas
Realizar uma boa gestão das emoções e dos pensamentos é fundamental para que as equipes se sintam bem na empresa e produzam melhor
Da Redação
Publicado em 6 de abril de 2023 às 08h30.
É impressionante como o conceito de saúde deu uma guinada a partir da pandemia. Antes dela, a ideia de ser saudável girava principalmente em torno de sentir-se bem fisicamente e estar com os exames médicos em ordem. Hoje, ao pensar em saúde, imediatamente fazemos associação com o bem-estar mental, atribuindo um peso muito maior a nossas emoções e nossos pensamentos do que no passado.
Para o bem e para o mal, o período pandêmico acendeu um alerta máximo sobre problemas como depressão, ansiedade, burnout, entre outros transtornos, colocando-nos cara a cara com novos desafios e aprendizados sobre nós mesmos. Por isso, nesta véspera do Dia Mundial da Saúde, convido empresas e equipes a refletir sobre a conexão entre mente sã, inteligência emocional e liderança.
Os números da 23ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH) não deixam dúvidas. Um funcionário que se sente bem psiquicamente, ou seja, que está feliz, não apenas é mais saudável, mas também produz melhor. A sondagem do 23° ICRH envolveu 1.161 profissionais, entre recrutadores, qualificados empregados e qualificados desempregados. Eles falaram sobre fatores que contribuem para a felicidade no ambiente corporativo e os impactos de um time insatisfeito.
De acordo com o estudo, 79% dos profissionais entrevistados se sentem, de modo geral, felizes com o trabalho. Segundo eles, os cinco principais motivos para terem essa sensação positiva são: gostar muito da profissão (69%), bom equilíbrio entre vida pessoal e profissional (62%), ser tratado com igualdade e respeito (58%), sentir orgulho da organização (53%) e sentir-se realizado com o trabalho (51%).
Entre aqueles que estão infelizes, é clara a percepção de que o sentimento de infelicidade gera consequências na rotina profissional. As maiores delas são: falta de motivação (100%), implicações psicológicas (87%), forte abertura a novas oportunidades de trabalho (81%), baixa proatividade (72%) e atitude pouco empática com colegas de equipe (58%).
Os desempregados que participaram da pesquisa também passaram seu recado. Do total de profissionais em busca de recolocação, 31% indicaram que a saída da última organização em que trabalharam se deu de forma voluntária. Entre os fatores que levaram ao pedido de demissão, eles destacaram a ausência de felicidade (58%), a falta de perspectiva de crescimento (58%), a busca por novos desafios (55%) e a ausência de reconhecimento (44%).
Sentir-se bem e saudável é uma conquista individual, mas fortemente influenciada pela coletividade. Nesse sentido, o papel das lideranças para promover condições de trabalho favoráveis à saúde das equipes faz toda a diferença. Líderes com bom nível de inteligência emocional contribuem para que seus liderados se sintam mais confortáveis na empresa, o que se reflete positivamente no desempenho e nos resultados.
Como cultivar um ambiente mais saudável
Ter um clima organizacional mais leve, positivo e agradável envolve, acima de tudo, cultivar atitudes compatíveis com esse objetivo. Destaco, a seguir, recomendações práticas para aprimorar a inteligência emocional dos colaboradores:
1) Desenvolver o autoconhecimento – conhecer-se bem é o primeiro passo para poder agir com maturidade em situações difíceis. Quem se conhece, consegue manejar melhor as próprias qualidades e limitações;
2) Buscar ajuda especializada – para aprofundar o autoconhecimento ou atravessar momentos de crise, o apoio de um profissional especializado, como um psicólogo, pode ser de grande valia;
3) Apostar na empatia – a habilidade de compreender o ponto de vista dos outros contribui para reagirmos com mais calma e sensatez diante de adversidades e divergências.
Cabe às lideranças darem o exemplo e o primeiro passo. Líderes que demonstram tranquilidade e sabedoria para lidar com as próprias emoções e a dos outros inspiram quem está ao seu redor. O contrário também acontece: chefias tóxicas tendem a estimular o comportamento inadequado dos demais. Por aí se vê como é fundamental preparar os gestores para as habilidades de comunicação e interação pessoal.
Na opinião de recrutadores ouvidos no estudo, colaboradores felizes são mais produtivos (89%), inovadores e criativos (74%), cooperativos com colegas de equipe (73%), leais à empresa (66%) e costumam superar as expectativas e metas estabelecidas (63%). Não faltam bons motivos, portanto, para todos investirem mais na dupla saúde mental e inteligência emocional.
Aqui, neste blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .
*Por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar
É impressionante como o conceito de saúde deu uma guinada a partir da pandemia. Antes dela, a ideia de ser saudável girava principalmente em torno de sentir-se bem fisicamente e estar com os exames médicos em ordem. Hoje, ao pensar em saúde, imediatamente fazemos associação com o bem-estar mental, atribuindo um peso muito maior a nossas emoções e nossos pensamentos do que no passado.
Para o bem e para o mal, o período pandêmico acendeu um alerta máximo sobre problemas como depressão, ansiedade, burnout, entre outros transtornos, colocando-nos cara a cara com novos desafios e aprendizados sobre nós mesmos. Por isso, nesta véspera do Dia Mundial da Saúde, convido empresas e equipes a refletir sobre a conexão entre mente sã, inteligência emocional e liderança.
Os números da 23ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH) não deixam dúvidas. Um funcionário que se sente bem psiquicamente, ou seja, que está feliz, não apenas é mais saudável, mas também produz melhor. A sondagem do 23° ICRH envolveu 1.161 profissionais, entre recrutadores, qualificados empregados e qualificados desempregados. Eles falaram sobre fatores que contribuem para a felicidade no ambiente corporativo e os impactos de um time insatisfeito.
De acordo com o estudo, 79% dos profissionais entrevistados se sentem, de modo geral, felizes com o trabalho. Segundo eles, os cinco principais motivos para terem essa sensação positiva são: gostar muito da profissão (69%), bom equilíbrio entre vida pessoal e profissional (62%), ser tratado com igualdade e respeito (58%), sentir orgulho da organização (53%) e sentir-se realizado com o trabalho (51%).
Entre aqueles que estão infelizes, é clara a percepção de que o sentimento de infelicidade gera consequências na rotina profissional. As maiores delas são: falta de motivação (100%), implicações psicológicas (87%), forte abertura a novas oportunidades de trabalho (81%), baixa proatividade (72%) e atitude pouco empática com colegas de equipe (58%).
Os desempregados que participaram da pesquisa também passaram seu recado. Do total de profissionais em busca de recolocação, 31% indicaram que a saída da última organização em que trabalharam se deu de forma voluntária. Entre os fatores que levaram ao pedido de demissão, eles destacaram a ausência de felicidade (58%), a falta de perspectiva de crescimento (58%), a busca por novos desafios (55%) e a ausência de reconhecimento (44%).
Sentir-se bem e saudável é uma conquista individual, mas fortemente influenciada pela coletividade. Nesse sentido, o papel das lideranças para promover condições de trabalho favoráveis à saúde das equipes faz toda a diferença. Líderes com bom nível de inteligência emocional contribuem para que seus liderados se sintam mais confortáveis na empresa, o que se reflete positivamente no desempenho e nos resultados.
Como cultivar um ambiente mais saudável
Ter um clima organizacional mais leve, positivo e agradável envolve, acima de tudo, cultivar atitudes compatíveis com esse objetivo. Destaco, a seguir, recomendações práticas para aprimorar a inteligência emocional dos colaboradores:
1) Desenvolver o autoconhecimento – conhecer-se bem é o primeiro passo para poder agir com maturidade em situações difíceis. Quem se conhece, consegue manejar melhor as próprias qualidades e limitações;
2) Buscar ajuda especializada – para aprofundar o autoconhecimento ou atravessar momentos de crise, o apoio de um profissional especializado, como um psicólogo, pode ser de grande valia;
3) Apostar na empatia – a habilidade de compreender o ponto de vista dos outros contribui para reagirmos com mais calma e sensatez diante de adversidades e divergências.
Cabe às lideranças darem o exemplo e o primeiro passo. Líderes que demonstram tranquilidade e sabedoria para lidar com as próprias emoções e a dos outros inspiram quem está ao seu redor. O contrário também acontece: chefias tóxicas tendem a estimular o comportamento inadequado dos demais. Por aí se vê como é fundamental preparar os gestores para as habilidades de comunicação e interação pessoal.
Na opinião de recrutadores ouvidos no estudo, colaboradores felizes são mais produtivos (89%), inovadores e criativos (74%), cooperativos com colegas de equipe (73%), leais à empresa (66%) e costumam superar as expectativas e metas estabelecidas (63%). Não faltam bons motivos, portanto, para todos investirem mais na dupla saúde mental e inteligência emocional.
Aqui, neste blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .
*Por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar