3 dicas para a liderança ter times com carreiras mais duradoura nas empresas
O que faz com que as pessoas decidam ficar na empresa? Não existe uma única resposta, mas há elementos chaves para prestar atenção
Luciana Lima
Publicado em 10 de agosto de 2022 às 13h23.
Última atualização em 23 de agosto de 2022 às 13h29.
Nas últimas décadas, o tempo da jornada dentro de uma mesma empresa mudou muito. Enquanto a geração X permanecia por dez, vinte, trinta anos, as gerações Y e Z abreviaram esse período.
Alguns interpretavam isso como uma oposição ao movimento passado de ingressar e se aposentar no mesmo lugar, outros entendiam o "fenômeno" como um reflexo de uma economia mais estável.
Porém, eis que veio a pandemia para desestabilizar muitas estruturas, dentre elas, a do trabalho. Em meio à crise, era esperado que esse entra e sai de empresas mudasse, só que... Não foi bem assim.
É verdade que muitas pessoas perderam o emprego ou tiveram uma redução salarial, mas é verdade também que o movimento batizado de great resignation — ou “grande renúncia”, em português — ganhou força em várias partes do mundo, como no Brasil. E esse movimento continua até hoje.
Segundo a pesquisa Carreira dos Sonhos, realizada pelo Grupo Cia de Talentos entre janeiro e março de 2022, 13% dos jovens respondentes mudaram de emprego recentemente e 61% pretendem fazer isso nos próximos meses. Um cenário similar aparece nos recortes de média gestão e de alta liderança, como é possível observar abaixo:
Diante disso, surge uma grande dúvida: o que faz com que as pessoas decidam ficar na empresa?
É claro que não existe uma única resposta para essa pergunta, mas existe um caminho que pode ajudar todas as organizações. Um caminho que começa pela busca de entender o que os colaboradores e as colaboradoras valorizam no trabalho.
E essa é a primeira dica para a liderança: invista em formas diferentes de escutar as pessoas e entender o que faz os seus olhos brilharem. Vale apostar em ferramentas que ajudam a analisar o cenário mais amplo, como as pesquisas de clima, de marca empregadora, e práticas que mostram perspectivas individuais, como as conversas de feedback, one-on-one e plano de desenvolvimento individual.
Minha segunda recomendação é estender essa atenção à própria liderança. Afinal, é preparando e cuidando dos(as) líderes que conseguimos cuidar de todo mundo na organização.
Se temos gestores(as) que estão pensando em sair da empresa por insatisfação, desânimo ou falta de perspectiva, isso vai transparecer para os times e, por consequência, impactar negativamente o engajamento deles. É um efeito cascata!
Outra dica é elaborar planos de ação — de preferência planos que contribuam com o senso de pertencimento e com a sensação de bem-estar. Sei que os motivos pelos quais alguém sai de uma empresa são variados, porém, a pesquisa Carreira dos Sonhos nos mostrou que existem dois aspectos que costumam ser valorizados por grande parte dos talentos.
Um deles é quando a empresa proporciona experiências que apoiam o crescimento profissional e fazem os(as) colaboradores(as) se sentirem parte da organização. O outro é quando o trabalho contribui positivamente com o bem-estar e a qualidade de vida. E é sobre este último que "conversaremos" no próximo artigo.
Enquanto isso, adianto um conselho sobre esse assunto para você, leitor(a), já refletir: para melhorar a percepção de bem-estar nas empresas, precisamos revisar a relação atual com a produtividade.
Nas últimas décadas, o tempo da jornada dentro de uma mesma empresa mudou muito. Enquanto a geração X permanecia por dez, vinte, trinta anos, as gerações Y e Z abreviaram esse período.
Alguns interpretavam isso como uma oposição ao movimento passado de ingressar e se aposentar no mesmo lugar, outros entendiam o "fenômeno" como um reflexo de uma economia mais estável.
Porém, eis que veio a pandemia para desestabilizar muitas estruturas, dentre elas, a do trabalho. Em meio à crise, era esperado que esse entra e sai de empresas mudasse, só que... Não foi bem assim.
É verdade que muitas pessoas perderam o emprego ou tiveram uma redução salarial, mas é verdade também que o movimento batizado de great resignation — ou “grande renúncia”, em português — ganhou força em várias partes do mundo, como no Brasil. E esse movimento continua até hoje.
Segundo a pesquisa Carreira dos Sonhos, realizada pelo Grupo Cia de Talentos entre janeiro e março de 2022, 13% dos jovens respondentes mudaram de emprego recentemente e 61% pretendem fazer isso nos próximos meses. Um cenário similar aparece nos recortes de média gestão e de alta liderança, como é possível observar abaixo:
Diante disso, surge uma grande dúvida: o que faz com que as pessoas decidam ficar na empresa?
É claro que não existe uma única resposta para essa pergunta, mas existe um caminho que pode ajudar todas as organizações. Um caminho que começa pela busca de entender o que os colaboradores e as colaboradoras valorizam no trabalho.
E essa é a primeira dica para a liderança: invista em formas diferentes de escutar as pessoas e entender o que faz os seus olhos brilharem. Vale apostar em ferramentas que ajudam a analisar o cenário mais amplo, como as pesquisas de clima, de marca empregadora, e práticas que mostram perspectivas individuais, como as conversas de feedback, one-on-one e plano de desenvolvimento individual.
Minha segunda recomendação é estender essa atenção à própria liderança. Afinal, é preparando e cuidando dos(as) líderes que conseguimos cuidar de todo mundo na organização.
Se temos gestores(as) que estão pensando em sair da empresa por insatisfação, desânimo ou falta de perspectiva, isso vai transparecer para os times e, por consequência, impactar negativamente o engajamento deles. É um efeito cascata!
Outra dica é elaborar planos de ação — de preferência planos que contribuam com o senso de pertencimento e com a sensação de bem-estar. Sei que os motivos pelos quais alguém sai de uma empresa são variados, porém, a pesquisa Carreira dos Sonhos nos mostrou que existem dois aspectos que costumam ser valorizados por grande parte dos talentos.
Um deles é quando a empresa proporciona experiências que apoiam o crescimento profissional e fazem os(as) colaboradores(as) se sentirem parte da organização. O outro é quando o trabalho contribui positivamente com o bem-estar e a qualidade de vida. E é sobre este último que "conversaremos" no próximo artigo.
Enquanto isso, adianto um conselho sobre esse assunto para você, leitor(a), já refletir: para melhorar a percepção de bem-estar nas empresas, precisamos revisar a relação atual com a produtividade.