Life as a Service. Como consumimos os produtos atualmente?
A relação entre cliente e fornecedor é eterna, independente do modelo de negócios. E é este relacionamento que mantém uma empresa viva.
Marcio Oliveira
Publicado em 18 de novembro de 2019 às 11h49.
Já parou para pensar em como muitos modelos de negócios evoluíram nas últimas décadas? E a cada ano este movimento acelera cada vez mais e de forma muito louca, inclusive fazendo com que alguns modelos morram antes mesmo de se consolidarem simplesmente porque a avidez e a rapidez que o mercado exige atualmente, muitas vezes não dá nem tempo para um amadurecimento ou uma evolução natural de uma ideia. E tenho minhas restrições com a alta velocidade de algumas coisas no mercado, pois sinto que é quase como se quiséssemos que um bebê já nascesse sabendo ler e escrever antes mesmo de saber falar.
Mas muita coisa já mudou e vem se consolidando e até mudando alguns hábitos e culturas. E muitos destes modelos de negócios trazem o conceito de serviço contrapondo ao modelo de propriedade. Ou seja, ao invés de ter algum bem ou produto, você passa a utilizá-lo no modelo de serviço ou aluguel. É o que chamamos de Life as a service.
Uma boa referência sobre isso é um TEDx de 2013 do Murilo Gun, onde ele apresenta este conceito, que basicamente define que o que as pessoas querem é acesso ao benefício do produto e não necessariamente à propriedade do produto. Invista alguns minutos assistindo porque vale a pena.
E é este movimento que vem possibilitando a consolidação de algumas empresas como Airbnb e Uber, mas não apenas elas. Se pesquisarmos um pouco, vamos encontrar vários outros serviços que seguem na linha da mudança de um modelo anterior de propriedade, como a “assinatura” de filtros de água da Brastemp, aluguel de bicicletas nos parques de São Paulo, assinaturas de softwares como os da Adobe ou o Office, entre outros.
Mas claro que não considero que este conceito substituirá totalmente o conceito de propriedade. O próprio Murilo mostra isso de alguma forma quando define uma matriz com 4 grupos de produtos: 1 - Baixo custo e baixa utilização, 2 – Baixo custo e alta utilização, 3 – Alto custo e baixa utilização e 4 – Alto custo e alta utilização.
Considero que o modelo de propriedade ainda será necessário até por uma questão de equilíbrio de preço (demanda e oferta) ou mesmo para justificar investimentos para a própria evolução dos produtos. Por exemplo, para o Airbnb funcionar segundo o seu propósito, é necessário que existam os proprietários dos imóveis e não apenas quem quer alugar. Ele não será sustentável se não for neste modelo, aliás. E o Uber ou o que virar isso no futuro poderá, realmente, afetar o volume de carros vendidos, mas confesso que tenho minhas dúvidas se realmente as futuras gerações não irão querer ser donos de carros (ou o que eles virarem) como vêm sendo pregado.
Acredito que o desejo de propriedade é natural do ser humano, por isso, em alguns sistemas políticos ela é proibida (não precisaria proibir se assim não fosse, certo?).
Ou seja, na minha opinião o conceito de Life as a Service é muito bom e ele vai funcionar para alguns segmentos de mercado, como já está funcionando, aliás, mas exatamente porque existirá também o conceito de Propriedade, e um alimentará o outro.
E o que isso tem a ver com relacionamento com clientes? Simplesmente tudo, porque em qualquer modelo existirá uma relação entre fornecedor e cliente. E no modelo Life as a Service, mais do que nunca, o cuidado com o relacionamento e com a experiência do cliente em cada detalhe é o que manterá o negócio vivo.
Já parou para pensar em como muitos modelos de negócios evoluíram nas últimas décadas? E a cada ano este movimento acelera cada vez mais e de forma muito louca, inclusive fazendo com que alguns modelos morram antes mesmo de se consolidarem simplesmente porque a avidez e a rapidez que o mercado exige atualmente, muitas vezes não dá nem tempo para um amadurecimento ou uma evolução natural de uma ideia. E tenho minhas restrições com a alta velocidade de algumas coisas no mercado, pois sinto que é quase como se quiséssemos que um bebê já nascesse sabendo ler e escrever antes mesmo de saber falar.
Mas muita coisa já mudou e vem se consolidando e até mudando alguns hábitos e culturas. E muitos destes modelos de negócios trazem o conceito de serviço contrapondo ao modelo de propriedade. Ou seja, ao invés de ter algum bem ou produto, você passa a utilizá-lo no modelo de serviço ou aluguel. É o que chamamos de Life as a service.
Uma boa referência sobre isso é um TEDx de 2013 do Murilo Gun, onde ele apresenta este conceito, que basicamente define que o que as pessoas querem é acesso ao benefício do produto e não necessariamente à propriedade do produto. Invista alguns minutos assistindo porque vale a pena.
E é este movimento que vem possibilitando a consolidação de algumas empresas como Airbnb e Uber, mas não apenas elas. Se pesquisarmos um pouco, vamos encontrar vários outros serviços que seguem na linha da mudança de um modelo anterior de propriedade, como a “assinatura” de filtros de água da Brastemp, aluguel de bicicletas nos parques de São Paulo, assinaturas de softwares como os da Adobe ou o Office, entre outros.
Mas claro que não considero que este conceito substituirá totalmente o conceito de propriedade. O próprio Murilo mostra isso de alguma forma quando define uma matriz com 4 grupos de produtos: 1 - Baixo custo e baixa utilização, 2 – Baixo custo e alta utilização, 3 – Alto custo e baixa utilização e 4 – Alto custo e alta utilização.
Considero que o modelo de propriedade ainda será necessário até por uma questão de equilíbrio de preço (demanda e oferta) ou mesmo para justificar investimentos para a própria evolução dos produtos. Por exemplo, para o Airbnb funcionar segundo o seu propósito, é necessário que existam os proprietários dos imóveis e não apenas quem quer alugar. Ele não será sustentável se não for neste modelo, aliás. E o Uber ou o que virar isso no futuro poderá, realmente, afetar o volume de carros vendidos, mas confesso que tenho minhas dúvidas se realmente as futuras gerações não irão querer ser donos de carros (ou o que eles virarem) como vêm sendo pregado.
Acredito que o desejo de propriedade é natural do ser humano, por isso, em alguns sistemas políticos ela é proibida (não precisaria proibir se assim não fosse, certo?).
Ou seja, na minha opinião o conceito de Life as a Service é muito bom e ele vai funcionar para alguns segmentos de mercado, como já está funcionando, aliás, mas exatamente porque existirá também o conceito de Propriedade, e um alimentará o outro.
E o que isso tem a ver com relacionamento com clientes? Simplesmente tudo, porque em qualquer modelo existirá uma relação entre fornecedor e cliente. E no modelo Life as a Service, mais do que nunca, o cuidado com o relacionamento e com a experiência do cliente em cada detalhe é o que manterá o negócio vivo.