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Zingales: “A concorrência é uma das grandes forças a serviço da humanidade”

O Instituto Millenium e a Vale trouxeram ao Brasil o autor do livro “Salvando o capitalismo dos capitalistas”. Economista e professor da Universidade de Chicago, Luigi Zingales concedeu entrevista à revista Época. Para Zingales, é preciso resistir às pressões das grandes empresas para ampliar o protecionismo e reduzir a competição. Veja: “Em um momento que o protecionismo parece ganhar força no Brasil, com a imposição de restrições às importações e a concessão […] Leia mais

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Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2011 às 21h29.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 10h07.

O Instituto Millenium e a Vale trouxeram ao Brasil o autor do livro “Salvando o capitalismo dos capitalistas”. Economista e professor da Universidade de Chicago, Luigi Zingales concedeu entrevista à revista Época. Para Zingales, é preciso resistir às pressões das grandes empresas para ampliar o protecionismo e reduzir a competição.

Veja:

“Em um momento que o protecionismo parece ganhar força no Brasil, com a imposição de restrições às importações e a concessão de bilhões em crédito subsidiado às grandes empresas, as ideias do economista italiano Luigi Zingales, professor da Universidade de Chicago, soam quase subversivas. Autor do livro Salvando o capitalismo dos capitalistas(Editora Campus, 393 páginas, R$ 109), Zingales diz que a redução da concorrência beneficia apenas um pequeno grupo de empresas, em prejuízo da maioria da população. “A concorrência é uma das grandes forças a serviço da humanidade”, afirmou em entrevista a ÉPOCA, na semana passada, antes de desembarcar no país para uma série de palestras. Segundo ele, parece menos provável hoje que o Brasil consiga resistir às pressões protecionistas dos grandes grupos econômicos. “Estou menos otimista hoje de que a China e o Brasil sejam verdadeiramente competitivos e de que não serão capturados por pequenos grupos de interesse dentro de suas próprias fronteiras.

ÉPOCA – Antes da crise, o senhor defendia a ideia de que o sistema de livre mercado é o melhor para tirar as pessoas da pobreza. O senhor ainda pensa assim hoje?
Luigi Zingales – Sem dúvida. Não acredito que a crise tenha minado as bases do livre mercado. A crise não representa uma evidência de que o livre mercado não funciona, mas de que havia uma regulação inadequada e de que alguns grupos, em especial os bancos e outras instituições financeiras, tinham uma influência política exagerada. Livre mercado não significa que os mercados não devem ser regulados. Eles precisam ser protegidos da influência negativa das grandes empresas e dos grandes bancos”.

Leia a entrevista na íntegra no site do Instituto Millenium. Clique aqui.

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O Instituto Millenium e a Vale trouxeram ao Brasil o autor do livro “Salvando o capitalismo dos capitalistas”. Economista e professor da Universidade de Chicago, Luigi Zingales concedeu entrevista à revista Época. Para Zingales, é preciso resistir às pressões das grandes empresas para ampliar o protecionismo e reduzir a competição.

Veja:

“Em um momento que o protecionismo parece ganhar força no Brasil, com a imposição de restrições às importações e a concessão de bilhões em crédito subsidiado às grandes empresas, as ideias do economista italiano Luigi Zingales, professor da Universidade de Chicago, soam quase subversivas. Autor do livro Salvando o capitalismo dos capitalistas(Editora Campus, 393 páginas, R$ 109), Zingales diz que a redução da concorrência beneficia apenas um pequeno grupo de empresas, em prejuízo da maioria da população. “A concorrência é uma das grandes forças a serviço da humanidade”, afirmou em entrevista a ÉPOCA, na semana passada, antes de desembarcar no país para uma série de palestras. Segundo ele, parece menos provável hoje que o Brasil consiga resistir às pressões protecionistas dos grandes grupos econômicos. “Estou menos otimista hoje de que a China e o Brasil sejam verdadeiramente competitivos e de que não serão capturados por pequenos grupos de interesse dentro de suas próprias fronteiras.

ÉPOCA – Antes da crise, o senhor defendia a ideia de que o sistema de livre mercado é o melhor para tirar as pessoas da pobreza. O senhor ainda pensa assim hoje?
Luigi Zingales – Sem dúvida. Não acredito que a crise tenha minado as bases do livre mercado. A crise não representa uma evidência de que o livre mercado não funciona, mas de que havia uma regulação inadequada e de que alguns grupos, em especial os bancos e outras instituições financeiras, tinham uma influência política exagerada. Livre mercado não significa que os mercados não devem ser regulados. Eles precisam ser protegidos da influência negativa das grandes empresas e dos grandes bancos”.

Leia a entrevista na íntegra no site do Instituto Millenium. Clique aqui.

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