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Persiste a repressão aos dissidentes cubanos, apesar das libertações

As autoridades de Cuba continuam contendo a liberdade de expressão no país apesar da recente e amplamente divulgada onda de libertação de proeminentes dissidentes, advertiu a Anistia International, no oitavo aniversário de uma onda de repressão ao ativismo. Centenas de ativistas pró-democracia foram assediados, intimidados e presos arbitrariamente nas últimas semanas, enquanto o governo cubano emprega novas táticas para acabar com a dissidência. Dos 75 ativistas presos durante a repressão do dia 18 de […] Leia mais

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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2011 às 17h48.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 10h22.

As autoridades de Cuba continuam contendo a liberdade de expressão no país apesar da recente e amplamente divulgada onda de libertação de proeminentes dissidentes, advertiu a Anistia International, no oitavo aniversário de uma onda de repressão ao ativismo.

Centenas de ativistas pró-democracia foram assediados, intimidados e presos arbitrariamente nas últimas semanas, enquanto o governo cubano emprega novas táticas para acabar com a dissidência. Dos 75 ativistas presos durante a repressão do dia 18 de março de 2003, apenas três continuam na prisão depois que 50 foram libertados desde julho.

A maioria dos ativistas libertados está agora exilada na Espanha. A Anistia Internacional pediu que os prisioneiros restantes fossem libertados de forma imediata e incondicional.

“A libertação dos detidos durante a repressão de 2003 é um enorme passo positivo, mas que conta apenas um lado do que está ocorrendo com os ativistas cubanos de direitos humanos”, disse Gerardo Ducos,  pesquisador da Anistia International sobre Cuba. “Os que vivem na ilha continuam sendo alvo por causa de seu trabalho, especialmente com detenções curtas, enquanto as leis repressivas dão plena liberdade às autoridades cubanas para punir qualquer um que as critique. Enquanto isso, três dos presos detidos há oito anos continuam definhando na prisão e precisam ser libertados imediatamente”, disse o representante da entidade.

Em uma recente onda repressiva, as autoridades detiveram mais de cem pessoas em um único dia, num ataque preventivo destinado a impedir ativistas de homenagear o falecimento do ativista Orlando Zapata Tamayo, que morreu após uma prolongada greve de fome na prisão.

“Os cubanos ainda estão à mercê de leis draconianas que consideram ativismo um crime, e quem se atrever a criticar as autoridades se arrisca a ser preso”, disse Gerardo Ducos. “Além de libertar os prisioneiros de consciência detidos há muito tempo,  para colocar em prática adequadamente a liberdade de expressão o governo cubano também precisa mudar suas leis”.

Por volta do dia 18 de março de 2003, setenta e cinco pessoas foram presas numa operação em massa contra o movimento dissidente, por exercerem pacificamente seu direito à liberdade de expressão. A maioria foi acusada de crimes como “atos contra a independência do Estado”, por supostamente ter recebido fundos e/ou material de ONGs sediadas nos EUA, financiados pelo governo norte-americano. Foram condenadas a penas de seis a 28 anos de prisão, após julgamentos rápidos e injustos, por se engajarem em atividades que as autoridades viam como subversivas e prejudiciais ao país.

As atividades incluíam a publicação de artigos ou dar entrevistas a meios de comunicação financiados pelos EUA, contatos com organizações internacionais de direitos humanos e com entidades ou pessoas consideradas hostis a Cuba.

Fonte: Anistia Internacional

No site do Instituto Millenium, leia mais:

“Entidade denuncia: prisões cubanas negam água a dissidentes em greve de fome.”

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As autoridades de Cuba continuam contendo a liberdade de expressão no país apesar da recente e amplamente divulgada onda de libertação de proeminentes dissidentes, advertiu a Anistia International, no oitavo aniversário de uma onda de repressão ao ativismo.

Centenas de ativistas pró-democracia foram assediados, intimidados e presos arbitrariamente nas últimas semanas, enquanto o governo cubano emprega novas táticas para acabar com a dissidência. Dos 75 ativistas presos durante a repressão do dia 18 de março de 2003, apenas três continuam na prisão depois que 50 foram libertados desde julho.

A maioria dos ativistas libertados está agora exilada na Espanha. A Anistia Internacional pediu que os prisioneiros restantes fossem libertados de forma imediata e incondicional.

“A libertação dos detidos durante a repressão de 2003 é um enorme passo positivo, mas que conta apenas um lado do que está ocorrendo com os ativistas cubanos de direitos humanos”, disse Gerardo Ducos,  pesquisador da Anistia International sobre Cuba. “Os que vivem na ilha continuam sendo alvo por causa de seu trabalho, especialmente com detenções curtas, enquanto as leis repressivas dão plena liberdade às autoridades cubanas para punir qualquer um que as critique. Enquanto isso, três dos presos detidos há oito anos continuam definhando na prisão e precisam ser libertados imediatamente”, disse o representante da entidade.

Em uma recente onda repressiva, as autoridades detiveram mais de cem pessoas em um único dia, num ataque preventivo destinado a impedir ativistas de homenagear o falecimento do ativista Orlando Zapata Tamayo, que morreu após uma prolongada greve de fome na prisão.

“Os cubanos ainda estão à mercê de leis draconianas que consideram ativismo um crime, e quem se atrever a criticar as autoridades se arrisca a ser preso”, disse Gerardo Ducos. “Além de libertar os prisioneiros de consciência detidos há muito tempo,  para colocar em prática adequadamente a liberdade de expressão o governo cubano também precisa mudar suas leis”.

Por volta do dia 18 de março de 2003, setenta e cinco pessoas foram presas numa operação em massa contra o movimento dissidente, por exercerem pacificamente seu direito à liberdade de expressão. A maioria foi acusada de crimes como “atos contra a independência do Estado”, por supostamente ter recebido fundos e/ou material de ONGs sediadas nos EUA, financiados pelo governo norte-americano. Foram condenadas a penas de seis a 28 anos de prisão, após julgamentos rápidos e injustos, por se engajarem em atividades que as autoridades viam como subversivas e prejudiciais ao país.

As atividades incluíam a publicação de artigos ou dar entrevistas a meios de comunicação financiados pelos EUA, contatos com organizações internacionais de direitos humanos e com entidades ou pessoas consideradas hostis a Cuba.

Fonte: Anistia Internacional

No site do Instituto Millenium, leia mais:

“Entidade denuncia: prisões cubanas negam água a dissidentes em greve de fome.”

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